Empatia, aversão ao risco e preocupação com a saúde possivelmente nortearam políticas públicas que resultaram em menores taxas de mortes e contaminação por covid-19
Um mês de antecedência ou atraso na vacinação da população que permita o retorno à normalidade econômica supõe enormes somas de dinheiro. Infelizmente, a Europa está cerca de cinco semanas atrasada em vacinação em comparação com os EUA.
De acordo com Sérgio Sakurai, a economia funciona em círculo, a vacinação faria a recuperação dos setores mais prejudicados estimular outros setores a retomarem suas atividades. O obstáculo é a falta de coordenação nacional para garantir equidade do processo de imunização.
A dependência econômica do Brasil é um fator que trava o desenvolvimento por transferir grandes somas de valor do trabalho brasileiro para o exterior. O economista Nilson Araújo fala da importância do investimento do Estado num projeto estratégico de nacionalização da economia, assim como no incentivo a um forte mercado interno.
PNAD Contínua registra piores taxas desde 2012, principalmente em estados do Nordeste. Negros e mulheres são os mais atingidos.
O desempenho do PIB mostra que Bolsonaro e Guedes não cumpriram a promessa de salvar a economia.
É o pior desempenho desde 2016, assim como o fechamento de vagas de trabalho. Índice de Confiança Empresarial também cai de janeiro para fevereiro.
Retirada de estímulos como o auxílio emergencial, combinada à piora da pandemia, vai retardar ainda mais a recuperação da atividade econômica
O economista Rodrigo Toneto comenta que aumento de 15% da tributação do topo da pirâmide social pode gerar renda de até R$ 500 mensais para famílias de quatro pessoas do grupo dos mais pobres, elevando o PIB no longo prazo. Um dos meios de colocar o estudo em prática seria retirar deduções do imposto de renda sobre plano de saúde e educação.
As dificuldades no processo de imunização dos brasileiros e o surgimento de variações do novo coronavírus tiveram impacto negativo nas expectativas
O economista analisa as prioridades do governo Bolsonaro para aprovação na Câmara e no Senado. Diante da inevitabilidade do auxílio emergencial, Paulo Guedes chantageia o Parlamento com propostas que atendem ao grande capital financeiro sem priorizar nenhum interesse do povo brasileiro.
Bastou analisar a sequência de milhares de normas vindas do Governo Bolsonaro em 2020, para pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da USP e a Conectas Direitos Humanos perceberem uma estratégia institucional sistemática para adoecer toda a população e retomar a economia o quanto antes. Ação do legislativo e do judiciário impediram uma tragédia ainda maior.