Algumas telas da artista e militante Edíria Carneiro, que morreu na noite de ontem (25), aos 86 anos, podem ser conferidas em um site de arte. Abaixo, o Vermelho reproduz alguns de seus trabalhos.
Como no meu tempo? Meu tempo é hoje! Esta foi a reação de Ediria Carneiro, já bastante idosa, a alguém que queria saber como eram as coisas “no seu tempo”.
Por José Carlos Ruy
Edíria morreu neste Natal. No começo, tendia a vê-la apenas como companheira de João Amazonas. Nestes últimos anos, conforme fomos conversando e ouvindo suas histórias, fui me dando conta da enorme injustiça que cometia e da grandeza desta instigante personagem feminina, uma artista talentosa e camarada exemplar. Este singelo artigo é fruto dessas longas e agradáveis conversas que tivemos no seu modesto apartamento na rua Ruy Barbosa em São Paulo.
Por Augusto Buonicore*
No dia em que João Amazonas completaria 100 anos, o Vermelho/CE homenageia o grande lutador do povo que sintetizou sua opção política com uma frase curta: "Ser comunista é servir a causa do povo".
A artista Edíria Carneiro nasceu em Salvador, Bahia, e estudou na Escola de Belas Artes. Em 1945 seguiu para o Rio de Janeiro, como delegada ao Congresso da União Nacional dos Estudantes, a UNE. Aqui já se nota seu espírito determinado, ao resolver permanecer na capital do país e abraçar o caminho artístico.
Por Renato Rabelo
Morreu na cidade de São Paulo, na noite de ontem (25), a artista plástica Edíria Carneiro, aos 86 anos. Internada há alguns dias, a viúva de João Amazonas, dirigente histórico do PCdoB, sofreu uma parada cardíaca. Seu corpo está sendo velado na Beneficência Portuguesa, e será cremado no Crematório Primavera, em Guarulhos, durante a manhã. O Vermelho reproduz nota do partido sobre Edíria, militante que ajudou a imprimir a história do Partido Comunista do Brasil com suas gravuras e telas.