Durante a reunião com parlamentares da base aliada o golpe nesta terça-feira (24), Michel Temer demonstrou que sentiu o baque provocado pela divulgação da conversa de seu escudeiro, Romero Jucá (PMDB-RR), até então ministro do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Irritado, Temer disse que sabe governar e não é "coitadinho". Disse que já "tratou com bandidos" quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, e por isso sabe governar.
Por Dayane Santos
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que a conversa de Romero Jucá, ministro de Temer, com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, ficou comprovada uma articulação criminosa "com ramificações entre vários parlamentares de partidos diversos, para dar um golpe na democracia, retirar a presidenta Dilma Rousseff do governo e colocar no poder o então vice-presidente Michel Temer".
O governo interino de Michel Temer surgido da conspiração por meio de um golpe de Estado, conduzido por agrupamentos conservadores, retrógrados e fascistizantes, só podia ser horrível – não deu outra.
Por Renato Rabelo*, em seu blog
A situação do presidente da Câmara dos Deputados afastado de suas funções, Eduardo Cunha, parece estar cada vez mais complicada. Pouco depois de ter voltado a dizer que não era titular de contas na Suíça a deputados do Conselho de Ética, na última quinta-feira (19), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi desmentido por autoridades suíças.
O senador Humberto Costa (PT-PE) engrossou o coro dos parlamentares que vem denunciando a influência do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no governo golpista de Michel Temer. “Eduardo Cunha é quem está mandando no país e é o verdadeiro presidente interino do Brasil, mesmo afastado do mandato e da presidência da Câmara dos Deputados”, é a frase que se tornou corrente entre os parlamentares.
A audiência do Conselho de Ética da Câmara, nesta quinta-feira (18), para ouvir o presidente afastado da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou com as tentativas de manobras que marcam o mais longo processo de pedido de cassação de um deputado no colegiado. Em sua fala, Cunha insistiu em dizer que não lhe pertence o truste do qual ele é o criador, o beneficiário e autor da procuração para o administrador.
O PP, PSC e o Solidariedade entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que a suspensão do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o afastamento dele da presidência da Câmara, sejam decididos por parlamentares.
O Conselho de Ética da Câmara, que analisa o pedido de cassação do presidente afastado da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a se reunir nesta quinta-feira (12), para ouvir o advogado suíço Didier de Montmollin, testemunha arrolada pela defesa de Cunha, que está com o mandato de deputado suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Movimentos organizados marcaram atos para estar quinta (12) em frente a diversas sedes locais do PMDB, às 17h. Os manifestantes cobram a prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e se colocam contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Caso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) venha a ser condenado, o Ministério Público da Suíça informou que poderá repatriar ao Brasil o dinheiro das contas depositados no país e bloqueados desde 2015. São cerca de R$ 8,6 milhões depositados.
Por *Arruda Bastos
Para o professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Frederico de Almeida, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu pelo afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados e a suspensão do seu mandato fragiliza o processo de impeachment da presidente Dilma.