Comissão geral articulada pelo PCdoB acaba sem respostas satisfatórias sobre cortes na educação. Comunistas apontam incapacidade de Abraham Weintraub em administrar o MEC e cobram sua saída da pasta.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Foi um espetáculo portentoso o que ontem se viu pelas praças e ruas do Brasil. Centenas de milhares de estudantes, professores, trabalhadores em educação e povo em geral desfilaram sua indignação, suas denúncias e sua criatividade em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal.
Por Haroldo Lima*
O conhecimento destrói mitos. Essa assertiva presente em cartazes das manifestações contra o corte de verbas da Educação em todo o país é a melhor imagem desse trágico cenário criado pelo governo Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, foram registradas ao longo desta quarta-feira (15) manifestações massivas em reação ao corte de recursos na educação anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). No final do dia, manifestantes lotaram a Avenida Presidente Vargas e caminharam em direção à Central do Brasil. Todas as faixas da avenida, a principal da capital, foram tomadas por estudantes, professores e funcionários de instituições públicas, além de apoiadores.
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Neste 15 de maio, o país teve de volta algo imprescindível: as ruas tomaram a palavra pela boca de uma causa progressista, desenvolvimentista: A defesa das universidades e da Educação pública e gratuita.
Por Adalberto Monteiro*
Também ocorreram atos em mais de 25 municípios no espalhados em todas as regiões do Ceará.
Camila Garcia, do Brasil de Fato
É proibido proibir: notas sobre o bloqueio de verbas para a educação
Por Fernando Facury Scaff – Conjur
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, está na Câmara dos Deputados para tentar justificar os cortes de investimentos em universidades e institutos federais. A convocação foi uma iniciativa do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e aprovado pelo colegiado por 307 votos favoráveis a 82 contrários. Para o parlamentar, esta é uma chance de mostrar aos brasileiros que a Câmara está sensível ao clamor da sociedade que luta pela educação.
Para ele, a intenção é coibir o pensamento científico.
Nesta quarta-feira (15) ocorrerá a maior mobilização popular contra o governo Bolsonaro. No Dia Nacional em Defesa da Educação, professores, estudantes, mães e pais de alunos, trabalhadores e amplos setores sociais irão às ruas contra os cortes de verbas para os institutos e universidades federais e em defesa da aposentadoria ameaçada pela reforma da previdência. A Greve da Educação é também um ensaio para a greve geral nacional convocada unitariamente por todas as centrais sindicais do Brasil.
O governo Bolsonaro sofreu importante derrota na tarde desta terça-feira (14). O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deverá comparecer à Câmara dos Deputados, em Comissão Geral a ser realizada amanhã (15), às 15h, para tentar justificar os cortes de investimentos em universidades e institutos federais.
Por Ana Luiza Bitencourt, do PCdoB na Câmara