Parece que o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo recém-criado de extrema direita, está obcecado com a ideia de repetir os “feitos” do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ação promovida por jovens favoráveis à ditadura militar que perseguia e matava contrários ao regime. Com pouca adesão, porém com um grande arsenal de armas de fogo e sede de violência, o bando vem invadindo as escolas que estão ocupadas contra a Reforma do Ensino Médio, provocando cenas de pânico entre os estudantes.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA-foto) pretende ampliar a discussão sobre o Programa Escola Sem Partido, na Câmara dos Deputados. Membro titular da Comissão Especial que analisa o projeto de lei, Alice protocolou requerimento no colegiado para discutir a proposta com entidades ligadas ao setor educacional e a sociedade civil.
Uma estudante de 16 anos deu uma aula de cidadania aos parlamentares que assistiram a seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta quarta (26). Ana Júlia Ribeiro, aluna do Colégio Estadual Manuel Alencar Guimarães, falou em defesa da ocupação de escolas e contra o desmonte da educação. Emocionada, ela apresentou as bandeiras do movimento e demonstrou o elevado grau de consciência, politização e seriedade dos secundaristas.
Símbolo da resistência dos estudantes secundaristas de Belo Horizonte contra a ditadura militar (1964-1985), o Colégio Governador Milton Campos, conhecido como Estadual Central, volta a ser palco da luta da juventude mineira. Desde o início do mês de outubro integrantes do Grêmio Estudantil Abra Alas ocupam parte da instituição contra a proposta de reformulação do ensino médio e a PEC 241.
Por Mariana Viel, do Portal Vermelho-Minas
Para o professore ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece limites para gastos públicos por 20 anos, representa limitar o acesso, a expansão e a inclusão à educação pública, que corre o risco de ser estagnada. Outra consequência da proposta do governo Temer, segundo ele, é o aumento da desigualdade social e os impactos negativos na economia brasileira.
Os estudantes brasileiros transformaram-se no símbolo de resistência contra a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Apesar da grande mídia maquiar o conteúdo das propostas e dar um destaque mínimo ao movimento de ocupação – muitas vezes criminalizando e reduzindo as ações – , já são 1.210 escolas e universidades tomadas contra o extermínio dos investimentos na educação pública propostos pelo governo Temer.
Por Laís Gouveia
Os estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) lançaram um manifesto explicando as razões para ocuparem a instituição e denunciando o momento de retrocessos que o país vive. Segundo um trecho do comunicado, "a série de ataques aos direitos sociais e à soberania nacional propostas pelo golpista Michel Temer e pelo conservador congresso nacional, reforçam a impopularidade de um governo instituído através do assalto ao poder do Estado".
Os estudantes da Escola Estadual Sílvio Xavier, localizada na Zona Norte da capital paulista, foram vítimas nesta segunda-feira (24) à noite da truculência rotineira da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
As 63 universidades federais brasileiras passam por um momento delicado. Com 45% de cortes orçamentários previstos para 2017 e o impacto nocivo que a PEC 241 causará no congelamento dos investimentos ao longo das próximas décadas, professores, estudantes e técnicos administrativos protestam, em diversas regiões do país, contra as medidas de desmonte propostas pelo governo Temer.
A juventude da Via Campesina Brasil emitiu uma nota neste sábado (22) repudiando o governo golpista de Michel Temer e denunciando o retrocesso na área da educação proposta pelas medidas neoliberais que estão sendo implantadas no país.
Cinco câmpus de escolas técnicas e pelo menos uma escola estadual foram ocupados até esta sexta, 21 de outubro, em Santa Catarina. Depois do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Rio do Sul, onde os/as estudantes estão mobilizados desde o dia 17, alunos/as dos câmpus de Abelardo Luz e Araquari aderiram ao movimento. Os câmpus do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Araranguá e Chapecó também foram ocupados após assembleias.
Estudantes universitários, secundaristas, professores e entidades dos movimentos sociais, somam forças nesta segunda-feira (24) promovendo o Dia Nacional em Defesa da Educação, dizendo não à PEC 241 e a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio, medidas encaminhadas pelo governo Temer para conter investimentos e precarizar a educação pública nas próximas décadas.
Por Laís Gouveia