Diante de dois péssimos candidatos, o eleitorado norte-americano, dividido ideologicamente como jamais esteve, escolheu, após campanha do mais baixo nível, aquele que lhe pareceu a negação do establishment, Donald Trump, figura heterodoxa do sistema (não fôra ele um bilionário de Walt Street), o único ‘não político’, multimilionário, outsider na política, devedor do fisco e ao mesmo tempo defensor de menos impostos para os ricos, e militante contra a política de saúde social de seu antecessor.
O presidente cubano Raúl Castro enviou nesta quarta-feira uma mensagem parabenizando o republicano Donald Trump pela vitória nas eleições estadunidenses, segundo divulgou a Chancelaria de Cuba.
A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos tem suscitado uma grande preocupação para o campo progressista, tanto naquele país quanto no mundo. Em entrevista exclusiva ao Portal Vermelho, o cientista político Luis Manuel Rebelo Fernandes* disse que a vitória de Trump, entre outras questões, é uma consequência da crise econômica provocada pelo neoliberalismo e pela globalização.
Por Humberto Alencar
Este artigo surge a partir da comoção mundial em relação ao triunfo de Donald Trump nos Estados Unidos. Pretendo abordar alguns pontos para ter uma leitura geopolítica de um fato que marca um antes e um depois no cenário global.
Por Juan Manuel Karg
No último ano, falar do “fim do clico progressista” virou moda na América Latina. Uma das possibilidades para tão temida e infundada tese era a continuidade das políticas de livre comércio e de globalização comercial impulsionadas por Washington desde os tempos de Bill Clinton e que seus admiradores pensavam que seriam continuadas por sua esposa Hillary para outorgar sustento às tentativas de recomposição neoliberal em curso na Argentina e no Brasil.
Por Atílio Borón*
A vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos contou com expressiva participação do voto do trabalhador – nos EUA os trabalhadores organizados, tradicionalmente, pendem para os Democratas.
Por João Felicio, presidente da CSI
A chuva fina que caiu durante a tarde na ilha de Manhattan não impediu que várias centenas de nova-iorquinos, como a professora Julia Dunn, saíssem às ruas em vários pontos da cidade dos arranha-céus para expressar a sua frustração com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Ela conta que estava nervosa havia vários dias e que esperava que esse estresse se aliviasse quando visse Hillary Clinton se elegendo.
Líderes latino-americanos saudaram o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (09) após o resultado da das eleições realizadas na terça-feira (8). Enquanto a Venezuela aproveitou para ressaltar o pedido de respeito à sua soberania, Argentina e Colômbia destacam o desejo de cooperação com o novo líder norte-americano. Diante do cenário que se desenha na potência mundial, o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica resumiu seu sentimento em uma só palavra: “Socorro”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) diz ter ficado surpresa com o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos. Falando à Sputnik, a parlamentar declarou também que não esperava um grande avanço político se a vencedora fosse a concorrente de Trump, a democrata Hillary Clinton.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, enviou uma mensagem a Donald Trump pelo Twitter, onde o parabeniza pelo resultado nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e afirma: “esperamos trabalhar contra o racismo, machismo, a anti-imigração e pela soberania de nossos povos”.
O Partido Republicano manteve nesta terça-feira o controle de ambas as Casas do Congresso dos Estados Unidos, impulsionado pelos bons resultados de Donald Trump na disputa presidencial. Com a vitória do candidato republicano, os conservadores assumem o domínio simultâneo de dois dos três poderes dos EUA, algo que há nove anos não acontecia. A vitória de Trump impulsionou o partido também nas eleições estaduais, apesar das pesquisas que previam o contrário.
Desde que começou a campanha eleitoral para nos Estados Unidos, especialistas em política internacional não previram “nada de bom” para a América Latina no caso de triunfar qualquer um dos dois candidatos – Hillary Clinton e Donald Trump – e muito menos com a vitória da segunda opção. O cientista político alemão Andreas Boeckh, professor emérito da Universidade de Tübingen, havia advertido: “nenhum dos dois candidatos estão para que a América latina celebre”.