A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) criticou a tentativa de privatização da estatal de energia como deseja o governo Michel Temer. Para a Aeel, a Eletrobras vem sendo alvo de "uma campanha difamatória" em "uma tentativa para influenciar a opinião pública pró-privatização, depreciar o ativo e os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras, e criar um caminho único quando existem várias alternativas para fortalecer a Empresa".
Após 2 horas e 23 minutos, a comissão mista que analisa a MP 814/17 aprovou, nesta quarta-feira (9), o relatório do deputado Júlio Lopes (PP-RJ) por 17 votos contra 7. A proposta facilita a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica controladas pela Eletrobras e é vista por parlamentares da Oposição como porta de entrada para a total privatização da estatal.
Por Christiane Peres
A comissão especial que analisa a privatização da Eletrobras (PL 9463/18), recebeu o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, nesta terça-feira (8), em clima de tensão. Manifestantes contrários a matéria foram expulsos do plenário 2 da Câmara dos Deputados.
Por Iberê Lopes
O relator do projeto que autoriza a privatização da Eletrobras (PL 9463/18), deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), confirmou nesta terça-feira (8), que apresentará seu parecer sobre a matéria na quarta-feira (9). A leitura foi confirmada pelo presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (MDB-PB) em reunião da comissão especial que analisa o tema.
O início da Ordem do Dia no Plenário do Senado inviabilizou a votação, nesta terça-feira (8), da MP 814/17 que trata da “reestruturação” do setor elétrico e suas concessionárias. Com isso, uma nova tentativa será feita na manhã de quarta-feira (9). No entanto, parlamentares da Oposição já iniciaram suas críticas à matéria, demonstrando as reiteradas tentativas do governo em entregar o setor energético ao capital privado.
Por Christiane Peres
De janeiro até abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já aprovou reajustes e revisões tarifárias de 13 distribuidoras nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os impactos nas contas de luz de 37,2 milhões de consumidores variam de 5% a 25,87%. E para piorar ainda mais a situação, a bandeira tarifária será amarela em maio. Isso significa um acréscimo de R$ 1 na conta a cada 100 kWh utilizados.
Depois de duas semanas, a comissão especial que analisa a Medida Provisória 814 retomou os trabalhos nesta terça-feira (8), conforme acordo feito na reunião anterior. A ideia era discutir e votar o relatório do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), no entanto, o relator apresentou diversas modificações no texto, o que fez com a Oposição pedisse tempo para analisar o novo parecer. A reunião foi suspensa e será retomada às 14h30.
Por Christiane Peres
A deputada estadual Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, reafirmou sua posição contra a privatização da Eletrobras em debate na tarde desta segunda-feira (7), na sede da Associação dos Empregados da Eletrobrás (AEEL), no Rio de Janeiro. Para Manuela, as privatizações são saídas falsas que refletem a falta de um projeto de desenvolvimento para o Brasil.
A afirmação feita esta semana pelo procurador federal e assessor especial do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Brandão, de que a tarifa de energia elétrica será reduzida para o consumidor em médio e longo prazos, com a privatização da Eletrobras, foi duramente contestada por parlamentares, especialistas e representantes do setor elétrico brasileiro.
A próxima semana será emblemática para a discussão das duas matérias legislativas que tratam da privatização da Eletrobras e tramitam, respectivamente, na comissão especial da Câmara que analisa o Projeto de Lei (PL) 9.463/18 e na comissão mista do Congresso que aprecia a Medida Provisória (MP) 814/17.
Por Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual
Entidades que integram o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, parlamentares, sindicalistas e representantes de movimentos sociais se unirão na próxima terça-feira (8) em ações contra as privatizações na Câmara dos Deputados. A agenda começa às 9h, no auditório Nereu Ramos, onde será realizado seminário para destacar a importância do que é público para a sociedade, e o quanto a agenda privatista de Temer interfere negativamente na vida da população e dos trabalhadores das empresas.
Com um salário de R$ 52 mil por mês, o presidente da Eletrobras, Wilson Pinto, propôs em 14 de março deste ano um aumento na própria remuneração. De acordo com documento encaminhado à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, os atuais valores praticados estão "bastante defasados".