Ex-diretor da Petrobras de 2003 a 2008 e professor do Instituto de Engenharia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEA-USP), Ildo Sauer rechaça o plano do governo de Michel Temer de privatizar a Eletrobras.
A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos destacou dois pontos preocupantes no vídeo editorial desta semana: a retomada da votação da reforma política antidemocrática e o anúncio da venda do governo Temer da maior empresa de eletricidade do Brasil, a Eletrobras.
A privatização de parte do setor elétrico nos anos 90 penalizou o trabalhador eletricitário. Nota técnica do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), publicada em março deste ano, afirma que a privatização precarizou as condições de trabalho além de aumentar tarifas e piorar os serviços. Na segunda-feira (21), Michel Temer anunciou a privatização da Eletrobras para fazer caixa.
Por Railídia Carvalho
O governo pretende arrecadar R$ 20 bilhões com a venda da Eletrobras, valor irrelevante perto dos mais de R$ 159 bilhões de déficit primário só deste ano e irrisório diante do potencial dos ativos da empresa. É mais um capítulo da privataria, da entrega do patrimônio público a preço de banana e com consequências desastrosas para o futuro do país
O projeto do Palácio do Planalto atenta contra a Constituição ao tentar obter recursos com a venda da companhia pública para o pagamento de despesas correntes da administração. Para os parlamentares do PCdoB, há a violação dos princípios constitucionais da economicidade (artigo 70) e da eficiência (artigo 37).
Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida.
Os jornais informam hoje que também a Eletrobras será privatizada. Mas não se imagine que esteja fazendo isso porque a “administração privada é mais eficiente”. Isto é tolice. Não faz sentido econômico vender empresas monopolistas lucrativas como a Eletrobrás, porque a instituição que regula a eficiência das empresas privadas – um mercado competitivo – não existe nesse caso.
Por Bresser-Pereira, em seu Facebook
Foi golpe ou não foi golpe? Até os dias de hoje ainda há gente que resiste a aceitar a evidência dos fatos. A estratégia para aprovar o impedimento da presidenta Dilma carregava consigo o atalho político-jurídico para colocar em prática o sonho dourado da turma do financismo. Depois de sucessivas derrotas nas eleições presidenciais de 2002, 2006, 2010 e 2014, finalmente as elites enxergaram uma janela de oportunidade para voltar ao poder sem necessidade de voto popular.
“País não vai ter mais o controle sobre o preço. É um crime contra a soberania nacional”, diz o economista Jorge Mattoso.
Por Eduardo Maretti, da RBA
A proposta do governo golpista de Michel Temer (PMDB) de privatizar a Eletrobras vai afetar diretamente o consumidor. A avaliação é de Gilberto Cervinski, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB).
A privatização da Eletrobras, um dos mais novos retrocessos anunciados pela agenda golpista, será um crime contra a soberania nacional, contra a segurança energética do país e contra o povo brasileiro, que terá uma conta de luz mais alta. Um delito dos mais graves, que deveria ser tratado como uma traição aos interesses da Nação.
Por Dilma Rousseff
O mercado financeiro está eufórico com a notícia anunciada pelo governo de Michel Temer de privatização da Eletrobras. Nesta terça-feira (22), o principal índice da B3 (antiga Bovespa) operou em forte alta, chegando a bater o patamar de 70 mil pontos, tendo a estatal como destaque de alta, chegando a quase 50% nos papéis ordinários.
Por Dayane Santos