O Amapá está há 16 dias com problemas na rede elétrica. Ontem, houve nova queda de energia.
Segundo Ikaro Chaves, engenheiro da Eletronorte e diretor da Aesel, é necessária uma intervenção pública na subestação Macapá para avaliar e corrigir falhas.
Diante da irresponsabilidade do setor privado, restou ao governo pedir ajuda à Eletrobras. A empresa de economia mista, que já está sendo sucateada, enviou equipamentos e técnicos especializados.
Não há qualquer garantia de que uma Eletrobras controlada pelo capital estrangeiro vá optar pelo caminho do investimento no País
Mesmo desmembrada aos poucos, desde FHC, companhia é a maior empresa de energia da América Latina, gera lucros todos os anos e responde por 52% da água armazenada no País
Energia produzida pela estatal é a mais barata no mercado. Sistema mantido pela empresa responde por cerca de 70% do abastecimento elétrico no Brasil.
A privatização da Eletrobras entregará a empresa aos grandes bancos e fundos especulativos, tirando do país importante instrumento de políticas públicas. E a Conta Covid manterá os lucros das distribuidoras de energia em prejuízo do consumidor
Consumidor pagará por empréstimos de distribuidoras por meio de encargo na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Já privatização deve aumentar custos de 17% a 20%.
“A Eletrobras lucrou R$ 10,7 bilhões em 2019, está muito pouco endividada e tem caixa de R$ 12 bilhões”
Para além das medidas emergenciais, será preciso um grande esforço coordenado pelo Estado brasileiro para reativar a economia nacional
Aesel ratifica argumentos destacados pela Aneel e Fiesp contra a venda da Eletrobras
A Eletrobras previa cortar 68 funcionários a partir de fevereiro, sendo 61 deles em sua subsidiária na região Norte, a Eletronorte.