Enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anuncia aumento de 4,6% nas tarifas de energia, um requerimento de urgência para votação do projeto que obriga as concessionárias de energia elétrica a devolver cerca de R$8 bilhões cobrados indevidamente dos consumidores nas contas de energia entre 2002 e 2009, foi aprovado nesta quarta-feira (12), na Câmara dos Deputados.
O leitor mais atento já se acostumou a encontrar diariamente nos grandes veículos de comunicação tentativas de se criar crises nas mais diversas áreas dos serviços públicos, sempre com foco na tentativa de “culpabilizar” o governo federal por qualquer que seja a causa. Isto se aplica as últimas notícias acerca de um tal “apagão” que o país sofrera na semana passada, mas que em nada se assemelha ao caos energético vivido em 2001, no auge do desgoverno neoliberal.
Por Hugo Valadares*
Em discurso na tribuna da Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) criticou na última semana a oposição por atribuir ao governo federal a responsabilidade pelo blecaute elétrico na terça-feira passada (4), ocasionado por falha numa linha de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), empresa comandada pelo governo mineiro do PSDB.
Uma falha no Sistema Interligado Nacional afetou o fornecimento de energia em diversos municípios nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste na tarde desta terça-feira (4). Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o problema interrompeu o fluxo de 5 mil MW para essas regiões.
Algumas das cidades mais povoadas do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, registraram o mês de janeiro mais quente das últimas décadas e em alguns casos, as temperaturas mais elevadas para o mês desde que começou a medição de dados, informaram fontes oficiais.
Os reservatórios do Sistema Cantareira chegaram ao menor nível já registrado nos seus 39 anos de operação: 22,2%. A redução da capacidade pode afetar os moradores da região metropolitana de São Paulo, já que o sistema responde por quase 50% do abastecimento dessas cidades.
Apesar da escassez de chuvas em praticamente todas as regiões do Brasil nas últimas semanas e das altas temperaturas que fazem aumentar o uso de aparelhos de ar condicionado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) descarta o risco de desabastecimento de energia elétrica no curto e médio prazos no país.
Famílias com renda mensal de até três salários mínimos que tenham pessoa idosa poderão ser beneficiadas com a tarifa social de energia elétrica durante o verão. Esta é a proposta do projeto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a ser votado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH).
O consumo total de energia elétrica no país foi 39.902 gigawatts-hora (GWh) em novembro, aumento de 3,3% em comparação ao mesmo mês de 2012. No acumulado do ano, o consumo também teve alta de 3,3%. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada nesta segunda-feira (6) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O presidente da Câmara, Mauricio Macri, decretou na noite desse sábado (28) estado de “emergência” energética na capital argentina pelos constantes cortes de fornecimento que deixaram milhares de pessoas sem luz nem água, em meio à pior onda de calor em quatro décadas.
Em janeiro de 2013, começou a vigorar a redução média de 20% das tarifas de energia elétrica, por determinação do governo federal. Inicialmente, o governo tinha anunciado que as perdas das distribuidoras com a redução das tarifas seriam cobertas com repasses da Hidrelétrica de Itaipu, mas depois foi anunciado que seriam transferidos recursos da União para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada para compensar a redução das tarifas.
O Congresso aprovou emenda da bancada do Ceará ao Orçamento da União de 2014, apresentada pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), destinando mais de R$47 milhões para a distribuição rural de energia no Estado.