Visivelmente emocionado, Rafael Correa se despediu da presidência do Equador na manhã desta quarta-feira (24), depois de dez anos no cargo, e transferiu a faixa presidencial ao seu sucessor, Lenín Moreno. Em seu primeiro discurso, o novo presidente reconheceu os avanços obtidos na última década com a Revolução Cidadã e admitiu que “ainda há muito por fazer”.
Por Mariana Serafini
Não é uma semana qualquer para o Equador: Rafael Correa deixa a presidência depois de dez anos e quatro meses ininterruptos no Palácio Carondelet. Se trata de uma das personalidades mais influentes da politica latino-americana das últimas décadas, que modificou substancialmente o panorama político-eleitoral em seu país, fundando uma nova institucionalidade e governando junto às maiorias populares.
Por Juan Manuel Karg*
O presidente do Equador, Rafael Correa, participou de sua última cerimônia de troca da guarda do palácio do governo, em Quito, nesta segunda-feira (22). O ato contou com a participação de milhares de pessoas que ocuparam a praça para se despedir do chefe de Estado. “Me vou com o coração repleto de gratidão com meu povo que nunca falhou”, disse. A posse do sucessor Lenín Moreno acontece na quarta-feira (24), às 10 horas (horário local).
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado (20) que o país “cumpriu seu dever” ao dar asilo a Julian Assange, fundador da organização Wikileaks, que se encontra na embaixada equatoriana em Londres há cinco anos.
O chanceler equatoriano Guillaume Long pediu nesta sexta-feira (19/05) que ao governo do Reino Unido que conceda um "salvo-conduto" ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, já que a Promotoria da Suécia decidiu encerrar a investigação preliminar aberta há sete anos contra ele por suspeita de estupro.
O governo do Equador qualificou como “ingerência” o pedido dos Estados Unidos para discutir a situação da Venezuela em sessão reservada no Conselho de Segurança da ONU e destacou que o país sul-americano “não representa uma ameaça para ninguém”.
O presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, participou de uma reunião com seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, e apoiou o processo de paz entre o governo e as Farc, iniciado no ano passado. Em visita à Colômbia, o equatoriano afirmou que “a paz é boa para todos”, e parabenizou os esforços do povo colombiano para implementar os acordos com a guerrilha.
A vitória obtida pela Aliança País nas eleições deste domingo (2) confirma que o povo equatoriano soube discernir o que estava em jogo: a continuidade de um governo que marcou um antes e um depois na história contemporânea do Equador e o salto suicida no vazio, imitando a tragédia argentina.
Por Atílio Borón*, no Página 12
O presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, agradeceu aos eleitores neste domingo (2) o apoio e pediu ajuda aos equatorianos para governar. “Com o coração na mão, agradeço a todos os que em paz e harmonia foram votar. Serei o presidente de todos e vocês vão me ajudar”, disse.
A fórmula da direita latino-americana parece ser a mesma em todo o continente. Assim como no Brasil, onde Aécio Neves não reconheceu sua derrota eleitoral, o candidato opositor do Equador, Guillermo Lasso, fala em “pretensões de fraude” depois que o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a vitória do governista Lenín Moreno.
Com mais de 94% das urnas apuradas no Equador, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Juan Pablo Pozo B., apresentou os resultados das eleições presidenciais realizadas neste domingo (2): Lenín Moreno obteve 51,07% dos votos contra 48,93% de Guillermo Lasso. Apesar do resultado apertado, o candidato apoiado por Rafael Correa, da Aliança País, pode ser considerado o novo presidente do país.
Muito já foi escrito sobre as eleições equatorianas, realizadas em primeiro turno em 19 de fevereiro. Conheceremos o próximo presidente do Equador no segundo turno, marcado para o dia 2 de abril.
Por Tullo Vigevani*