Formalizando o fim da escravidão no Brasil, a princesa Isabel assinou em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea. Porém, a escravidão, como sistema econômico já estava em decadência, o Brasil foi um dos últimos países a encerrar o regime. O número de escravos livres e alforriados já era grande, o trabalho assalariado já existia e o Império estava sob pressão dos movimentos abolicionistas.
Laurie Jeanty inclina o dorso para frente e gesticula com convicção ao falar da diferença de tratamento dada por empregadores aos funcionários brasileiros e haitianos. “Não são todos, mas alguns manipulam os haitianos”. Ela não se conforma com as mentiras e golpes aplicados a imigrantes que abandonaram tudo para reconstruir a vida em um novo país. Laurie se refere aos contratos informais em que se promete um valor, mas se paga outro.
Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado nesta quinta-feira (28), o Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou balanço de 2015. Segundo o órgão, 1.010 trabalhadores foram resgatados o ano passado de situação análoga à escravidão. As 140 operações foram feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por auditores fiscais do trabalho que identificaram trabalhadores nesta situação em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados.
Milhões de seres humanos, caçados e sequestrados na África, cruzaram o oceano, até 1850, e desembarcaram no Brasil, onde foram escravizados. Deste período, o único registro biográfico sobre o que aconteceu foi o de Mahommah G. Baquaqua. Oriundo da faixa ocidental da África, Mahommah escreveu a única autobiografia de um ex-escravo que viveu no Brasil.
Mais de 4 milhões de africanos, ou cerca de 40% de todos os escravos que foram obrigados a cruzar o Atlântico, desembarcaram no Brasil. Dessa multidão, praticamente não existe registros biográficos. A exceção leva o nome de Mahommah G. Baquaqua.
Com realismo histórico estreia no próximo dia 27 o videoclipe “Eu Só Peço a Deus”, do Inquérito. Com direção de Levi Vatavuk o período da escravidão no Brasil é esmiuçado de maneira crítica.
Não é curioso que os Estados Unidos não usem tambores em sua música como todos os outros países que tiveram mão-de-obra escrava vinda da África? Eu sempre fiquei me perguntando isso. Por que a música dos negros norte-americanos é tão diferente da música brasileira, de Cuba, do Caribe? Onde foram parar os tambores? Cadê a batucada?
Por Cynara Menezes*, no Socialista Morena
No livro Libertas entre Sobrados, a historiadora Lorena Telles analisa a relação entre mulheres negras e a profissão de empregada doméstica entre 1880 e 1920 em São Paulo.
Em 1995, o governo brasileiro reconheceu a existência de trabalho escravo no país. Desde então, foram resgatados mais de 47 mil trabalhadores flagrados. Hoje, 20 anos depois, a agência Repórter Brasil, em parceria com o Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), lançam publicação sobre as principais características do trabalho escravo contemporâneo e as ações realizadas para a erradicação dessa prática.
Por Pedro Garbellini*
A Comissão Estadual da Verdade (CEV) da Escravidão Negra no Rio de Janeiro quer fazer acordo com a Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, para receber dados sobre a chegada, no Rio, de africanos que foram escravizados. O presidente da comissão, Marcelo Dias, disse que os pesquisadores da instituição têm trabalho amplo sobre o período escravocrata brasileiro, e isso vai facilitar as apurações da CEV da Escravidão Negra.
Ela é a maior produtora de minério de ferro do mundo, está presente em cinco continentes e é a maior exportadora do Brasil. Apesar do vigor internacional, a Vale economizou na faxina do banheiro dos funcionários responsáveis pela retirada do minério de ferro em Minas Gerais.
No Dia Mundial da Justiça Social, a ONU pediu a erradicação de fenômenos que pisoteiam a dignidade humana, como o tráfico de pessoas e as formas contemporâneas de escravidão.