Os conservadores espalham mentiras sobre Karl Marx – ele não foi apenas um ativista consistente contra a escravidão, mas apoiou os esforços de todos aqueles que se organizaram para combatê-la.
“Não consigo respirar”. Foram essas as últimas palavras de George Floyde, uma vida que se esvaiu asfixiada pelos joelhos de um policial branco nos Estados Unidos. A postura arrogante do policial, com a mão no bolso, tronco ereto, impassível, enquanto matava, traduz com mórbida perfeição a força destrutiva de quem se nutre do estúpido ideário supremacista branco.
Para Ynaê Lopes, “Palmares é um cancro no meio da história brasileira”
O 13 de Maio não é uma data a ser disputada. É uma data a ser compreendida como mais um marco dentro do conjunto de lutas, conquistas e derrotas da história brasileira
A higienização ideológica é o mecanismo pelo qual se naturalizam as iniquidades e barbárie presentes em nosso cotidiano.
A luta contra o racismo é, no presente, a luta para dar consequência material e completar a lei com um só parágrafo assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888
É a primeira vez desde a Constituinte de 1988 que há disposição no Congresso e clima favorável para que o IGF seja regulamentado e implantado
Para compreendermos a formação histórica e o caráter predatório da elite brasileira, um livro é fundamental: Casa-Grande & Senzala, do grande sociólogo pernambucano Gilberto Freyre.
O presidente Jair Bolsonaro indicou para a Fundação Cultural Palmares um militante de extrema-direita que nega haver “racismo real” no País. Sérgio Nascimento de Camargo, novo presidente do órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira, diz que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e quer que o movimento negro seja “extinto”. Ele chama Gilberto Gil, Leci Brandão, Mano Brown e Emicida de “parasitas da raça negra”. E defende que “pretos sejam levados à força para a África”.
A tese do patrimonialismo é falsamente crítica, inibe a luta de classes, encobre a verdadeira responsável pela escandalosa desigualdade na nossa sociedade, que é a elite do dinheiro. Essa elite do atraso é herdeira do regime escravagista, que comanda a mais cruel espoliação do trabalho, despreza e humilha os negros e pobres, tratando-os como uma ralé sem direitos. A herança do escravismo e a ralé abandonada, sim, e não o brasileiro corrupto, são a nossa singularidade.
Por Carlos Azevedo*
Empobrecimento dos brasileiros produz retrocesso social emblemático: milhões de mulheres voltam à condição de doméstica — 72% das quais sem carteira assinada, sem direitos garantidos, à mercê dos patrões.
por Artur Araújo*
Além de remeter à escravidão, episódio de tortura de jovem negro é representativo de padrão racista que se repete em supermercados e shoppings e da chegada incompleta do Brasil ao mundo moderno, afirmam especialistas.