A higienização ideológica é o mecanismo pelo qual se naturalizam as iniquidades e barbárie presentes em nosso cotidiano.
A luta contra o racismo é, no presente, a luta para dar consequência material e completar a lei com um só parágrafo assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888
É a primeira vez desde a Constituinte de 1988 que há disposição no Congresso e clima favorável para que o IGF seja regulamentado e implantado
Para compreendermos a formação histórica e o caráter predatório da elite brasileira, um livro é fundamental: Casa-Grande & Senzala, do grande sociólogo pernambucano Gilberto Freyre.
O presidente Jair Bolsonaro indicou para a Fundação Cultural Palmares um militante de extrema-direita que nega haver “racismo real” no País. Sérgio Nascimento de Camargo, novo presidente do órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira, diz que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e quer que o movimento negro seja “extinto”. Ele chama Gilberto Gil, Leci Brandão, Mano Brown e Emicida de “parasitas da raça negra”. E defende que “pretos sejam levados à força para a África”.
A tese do patrimonialismo é falsamente crítica, inibe a luta de classes, encobre a verdadeira responsável pela escandalosa desigualdade na nossa sociedade, que é a elite do dinheiro. Essa elite do atraso é herdeira do regime escravagista, que comanda a mais cruel espoliação do trabalho, despreza e humilha os negros e pobres, tratando-os como uma ralé sem direitos. A herança do escravismo e a ralé abandonada, sim, e não o brasileiro corrupto, são a nossa singularidade.
Por Carlos Azevedo*
Empobrecimento dos brasileiros produz retrocesso social emblemático: milhões de mulheres voltam à condição de doméstica — 72% das quais sem carteira assinada, sem direitos garantidos, à mercê dos patrões.
por Artur Araújo*
Além de remeter à escravidão, episódio de tortura de jovem negro é representativo de padrão racista que se repete em supermercados e shoppings e da chegada incompleta do Brasil ao mundo moderno, afirmam especialistas.
Ao assinar a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel não fez um ato de benevolência. Pelo contrário, essa atitude serviu para frear a demanda dos abolicionistas, que defendiam que os seres humanos escravizados recebessem o reconhecimento do Estado como cidadãos e, portanto, fossem indenizados pela exploração a que forma submetidos durante toda a vida.
Por Marcos Aurélio Ruy*
“Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” Com esta indagação a Escola de Samba Paraíso da Tuiuti apresentou o maravilhoso samba-enredo 2018 no Sambódromo do Rio de Janeiro. Cantada com a alma do povo a Escola entrou triunfante na Avenida, levou o 2º lugar e foi consagrada pelo país afora. E como não se emocionar depois com a magnífica interpretação da cantora negra Grazzy Brasil?
Por Maria Aparecida Dellinghausen Motta*
Nascido há 180 anos, num 15 de abril, Dragão do Mar vive em Fortaleza de diferentes formas. De um lado, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), uma área com mais de 14 mil m² dedicados unicamente à cultura. Mais à frente, o antigo porto da Capital, hoje Ponte Metálica, ponto de saída de homens e mulheres escravizados para as províncias do Centro-Sul.
A Emenda Constitucional que instituiu o feriado, de autoria do deputado Lula Morais, foi aprovada pela Assembleia Legislativa em 1º de dezembro de 2011, sendo promulgada e publicada no Diário Oficial do Estado em 6 de dezembro de 2011.