O Governo brasileiro pediu explicações ao gigante Google depois de receber informações de que ele teria recolhido dados sobre os brasileiros através do aplicativo de mapas Street View.
A maioria dos alemães considera o ex-técnico da inteligência estadunidense, Edward Snowden, como um herói, e não como criminoso, segundo uma pesquisa do canal público de televisão da Alemanha, ARD, divulgada nesta sexta-feira (8). As denúncias sobre o programa de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês) feita por Snowden continua repercutindo mundialmente.
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara (Creden) e a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional, vão realizar audiência pública para tratar dos episódios que envolvem a presença de um agente duplo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), suspeito de repassar informações do Brasil à Agência de Inteligência Americana (CIA) e, também, para esclarecer a ação de monitoramento a diplomatas estrangeiros.
As revelações, que prosseguem, sobre as práticas de vigilância avassaladora pela NSA, “estão levando a sociedade a exigir reformas políticas, controle social e novas leis” – escreveu Edward Snowden em carta intitulada “Um Manifesto pela Verdade” (em alemão), na qual prega a ação internacional continuada contra os piores agressores, culpados de crime de violação da privacidade global (matéria de capa da edição dessa semana de Der Spiegel).
Por Jacob Chamberlain*, no Commondreams
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (6), em entrevista ao Grupo RBS, que é impossível aceitar negociar a soberania do país. Ao se referir à denúncia de violação das comunicações e de dados do governo brasileiro pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), a presidenta disse que é inadmissível permitir que os cidadãos brasileiros tenham seus direitos violados.
Em vista do escândalo de espionagem estadunidense, a comissão do Parlamento alemão para o controle dos serviços secretos reúne-se nesta quarta-feira (6) em Berlim para discutir o manejo do assunto.
"Todo mundo espiona", diz a manchete do Uol, portal do grupo Folha; "Não há virgens nesse negócio", ironiza o texto; com uma reportagem sobre "espionagem" da Abin, a Folha de S.Paulo conseguiu avacalhar o esforço do Brasil em liderar, ao lado da Alemanha, uma iniciativa contra os grampos indiscriminados dos Estados Unidos; jornal que se diz "a serviço do Brasil" trabalhou contra.
O ministro para Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres disse nesta quarta-feira (5) que a espionagem dos Estados Unidos contra o país foram atos “prévios” para “desatar a guerra econômica” na Venezuela.
A espionagem de funcionários estrangeiros pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos anos de 2003 e 2004 não pode ser comparada às ações de espionagem promovidas pelo governo dos Estados Unidos em várias partes do mundo, disse nesta terça-feira (5), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela fez uma defesa do governo e da Abin, em Plenário, após referir-se a uma matéria sobre a ação da agência brasileira publicada pela Folha de S. Paulo, na segunda-feira (4).
O jornal estadunidense The New York Times divulgou, no sábado (2), a informação de que os Estados Unidos, por meio da Agência Nacional de Segurança (NSA), também espionaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O presidente do Google, Eric Schmidt, disse que a espionagem realizada pelo governo dos Estados Unidos sobre os centros de dados da companhia é "ultrajante e potencialmente ilegal", caso se comprove que a situação foi real, informou o jornal Wall Street Journal.
“Estas denúncias graves precisam ser acompanhadas pelo Parlamento e tendo esta Comissão o ordenamento regimental a seu favor, requeremos o convite para vinda do Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para que em audiência pública ou em reunião reservada esclareça à este plenário as considerações necessárias”.