O suicídio do reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, ocorrido na segunda-feira (2), em um shopping da cidade de Florianópolis, segue repercutindo. Nessa terça-feira, senadores aprovaram um voto de pesar pela morte e parlamentares como Fátima Bezerra (PT-RN) destacaram em discurso no plenário que o Brasil vive um quadro em que a presunção da inocência vem sendo ignorada.
A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou pela segunda vez o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício do mandato, não foi bem recebida pelo Senado. Na quinta-feira (28), foi aprovado um pedido de urgência para que o plenário decida se vai cumprir a decisão da corte e a repercussão aumentou o ambiente de instabilidade entre as instituições.
Por Dayane Santos
A posição tomada ontem, dia 26 de setembro, pela Primeira Turma do STF, de afastar do exercício de seu mandato o senador Aécio Neves é um desrespeito aberto à Constituição e não pode ser aceita. Mostra o quanto certos setores do Judiciário, e inclusive do Supremo, estão exorbitando de suas funções, assumindo funções que não têm, usurpando funções.
Haroldo Lima*
Um grupo de 93 diplomatas e 25 oficiais e assistentes de chancelaria do Itamaraty divulgou, na quarta-feira (31), uma carta em defesa do Estado de Direito e conclamando a sociedade brasileira a renovar o compromisso com o diálogo construtivo e responsável em prol do restabelecimento do pacto democrático no país. O documento também critica o “uso da força” para conter manifestações e pede que líderes políticos “abram mão de tentações autoritárias, conveniências e apegos pessoais ou partidários”.