Seis países, com os Estados Unidos na liderança, desencadeiam agora uma escalada na guerra midiática contra a Rússia, ao acusar a aviação do Kremlin de bombardear posições da oposição síria e exigir o fim dos ataques.
A Força Aérea Militar da Rússia (VVS, em russo) atacou de quarta para quinta-feira (1º/10) 8 posições do Estado Islâmico na Síria. Foram realizados mais de 20 voos de aviões caça-bombardeiros Sukhói-24m e Sukhói-25.
As forças armadas da Rússia efetuaram nesta quarta-feira (30) ataques aéreos na Síria contra posições do grupo terrorista Estado Islâmico. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que bombardeiros realizaram ataques de alta precisão contra alvos do EI.
Às vésperas de participar da 70ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu uma entrevista ao jornalista norte-americano Charlie Rose para o canais de televisão CBS e PBS.
A Rússia está discutindo com os parceiros estrangeiros certos aspectos da proposta de Moscou sobre a criação de uma ampla coalizão para combater o Estado Islâmico, disse Ilya Rogatchev, diretor do departamento de novos desafios e ameaças do Ministério das Relações Exteriores da Rússia em uma entrevista à RIA Novosti.
O representante oficial do Pentágono Peter Cook manifestou que os EUA estão prontos, se for necessário, a cooperar com a Rússia e o Irã para evitar possíveis situações de conflito com os militares destes países na Síria. “Ainda não começamos a discussão destas questões sobre a prevenção de conflitos com os russos, mas se virmos a necessidade de cooperar com outros [países] sobre estas questões, iremos fazer isso”, disse Cook durante um briefing.
Refugiado em Moscou, o ex-funcionário da National Security Agency (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, revelou que os serviços de espionagem dos EUA, Reino Unido e Israel colaboraram entre si, por meio do Mossad (o serviço de espionagem de Israel), para a criação do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EI), também conhecido por sua sigla em inglês Isis.
Os milhares de refugiados que fogem da guerra e da miséria são somente um dos efeitos da catástrofe que está ocorrendo no Oriente Médio. A organização terrorista mais importante do mundo atualmente, o Estado Islâmico, parece ter se convertido já em um Estado real: conta com orçamento, impostos e uma bárbara e completa estrutura social.
Moscou dispõe da informação que os EUA conhecem as posições concretas do agrupamento terrorista Estado Islâmico (EI) mas não as mandam bombardear, disse o chanceler russo Serguei Lavrov.
De forma constrangida, o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Peter Cook, foi obrigado a revelar que seu país não sabe onde estão os “rebeldes” sírios treinados para derrubar o governo legítimo da Síria e também lutar contra o Estado Islâmico.
David Petraeus, general aposentado e ex-diretor da CIA, deu ontem, segundo a Agência France Presse, mais uma daquelas ideias que mostram como o pensamento dos Estados Unidos continua a entender o mundo – e muito especificamente o Oriente Médio – como um lugar onde se faz manipulações, acordos com grupos militares e com fanáticos sem outro critério que não o de fazer prevalecer situações que lhes convenham.
Por Fernando Brito
Unidades do Exército Sírio continuam nesta quinta-feira (9) fechando o cerco ao redor da antiga cidade de Palmira, depois de tomar o controle da localidade de al-Bairat e expulsar os terroristas de Nazel al-Hayal.