Dividida em potentados locais sobre os quais não poderes suficientes, levada pouco a sério no resto do mundo, a UE faz lembrar o Japão de 1860, antes da sua modernização, garante um jornalista sueco. Mas erigir-se em verdadeira potência política pode revelar-se contraproducente.
Por Ola Wong, do Presseurop
Os laboriosos alemães da senhora Angela Merkel sofrem as consequências das políticas de austeridade que empurraram goela abaixo de seus parceiros. Até mesmo meu (hoje feliz) periquito de estimação sabe que a recessão nos arredores iria, mais cedo ou mais tarde, emperrar as exportações líquidas, o motor que sustentou o bom desempenho da economia alemã nos últimos anos.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na Carta Capital
O presidente do Banco Central Europeu declarou na última quinta-feira (26) que fará o que for preciso para salvar a Espanha e a Itália da moratória iminente – e o fará de modo suficiente. Ato contínuo os juros tombaram; as bolsas dos dois países subiram. Eureka! Mas, então, por que não o fez antes, há menos de uma semana, por exemplo, quando o mesmo Mário Draghi, cobrado a agir, declarou que o BCE não estava a serviço de países? A resposta começa por aí.
Por Saul Leblon em Carta Maior
Após “austeridade”, mais de 30% dos jovens emigraram, o PIB caiu 23%, serviços públicos estão destruídos. Diretora-gerente do FMI elogia: “vocês ensinaram caminho”
Por Andy Robinson
A situação europeia não pode ser compreendida sem considerar a situação da economia mundial em sua totalidade. Hoje, após a reintegração da China e a plena incorporação da Índia na economia capitalista mundial, a densidade das relações de interconexão e a velocidade de interações no mercado alcançaram um nível jamais visto anteriormente. O que prevalece hoje na arena mundial é o que Marx chama de “anarquia da produção”. Esta é a primeira parte deste ensaio.
Por François Chesnais
Apesar da miserável equiparação entre comunismo e nazismo que a direita reacionária vem procurando difundir, a verdade é que são os comunistas quem é perseguido na Europa de hoje, enquanto os veteranos nazis e fascistas e os seus seguidores recebem o apoio dos governos bálticos e, noutros países, conseguem que as suas atividades sejam toleradas.
Por Higinio Polo, no Rebelión
O Chipre assume a presidência rotativa da organização pela primeira vez desde a sua adesão à UE em 2004.
O que representa para a Alemanha estar na zona euro? Desde o início da crise, Berlim tem-se posicionado enquanto o país que menos tem a perder com a crise da moeda única, evitando ao máximo fazer cedências em acordos com os parceiros comunitários.
Por Nuno Aguiar, na Agência Dinheiro Vivo
"Temos dois dias para salvar o euro", esclarece Mario Monti, primeiro-ministro da Itália, em vista da Reunião de Cúpula dos 27 empoados chefes de Estado e de Governo da União Européia que iniciou-se aqui, em Bruxelas. Mas, na realidade, a mensagem não tem outro destinatário do que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Por Mary Stassinákis, no Monitor Mercantil
Os investimentos diretos dos países da União Europeia em paraísos fiscais ascenderam, em 2011, a 58 900 milhões de euros, ou seja, 11 vezes mais em comparação com os 5300 milhões registados em 2010.
A ação criminal contra o ativista de extrema-direita Anders Behring Breivik despertou a atenção dos americanos e do mundo para as “prisões de luxo” da Noruega. A taxa de reincidência de crimes na Noruega é de apenas 20%, enquanto nos Estados Unidos é de 60% e no Brasil é de 70%.
Como se o elevado desemprego não fosse suficiente, na Europa também se destacam as diferenças salariais e outras especificidades que intensificam as desigualdades trabalhistas entre os países.