Em vídeo ao vivo gravado para o blog “Nocaute” nesta quinta-feira (18), o jornalista e blogueiro Altamiro Borges comentou a matéria da Folha de São Paulo que aponta indícios de empresas terem custeado envios de notícias falsas no WhatsApp para beneficiar a candidatura de Jair Bolsonaro. O jornalista comentou ainda que tal fato também pode explicar o resultado do primeiro turno em estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro. Confira:
O país está diante de uma inusitada e inaceitável situação. Caminhamos para as eleições sem que o povo brasileiro se beneficie do debate entre os dois candidatos que chegaram ao segundo turno.
"Vamos fazer esse final de campanha de cabeça erguida sabendo que não temos no Brasil 50 milhões de fascistas. Nós temos milhões de pessoas enganadas, ludibriadas, iludidas pelo bombardeio de fake news agora denunciadas".
Por Renan Araújo*
Não há como negar que as ações de campanha da extrema direita, pautadas por ilegalidades, violências e coações abusivas, afrontam os mais elementares princípios democráticos.
Alguém já lembrou recentemente Thales Ramalho (1993-2004), experiente líder político, que dizia existir dois fatos na política, o fato novo e o fato consumado. Todos sabem que botar a mão na taça a dez dias de uma eleição renhida e polarizada é uma fria como pretenso fato consumado.
Em junho deste ano, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, disse que a Justiça Eleitoral poderá eventualmente anular o resultado de uma eleição se esse resultado for decorrência da difusão massiva de notícias falsas, chamado de fake news, como foi apontado no esquema de disparo de mensagens em reportagem a Folha de S. Paulo desta quinta (18).
Internauta de Parauapebas, no Pará, mostra dezenas de grupos de WhatsApp, criados a partir de “robôs” fora do Brasil, com a finalidade de divulgar fake news em favor da campanha de Bolsonaro. O vídeo, divulgado nesta quinta-feira (18), pela “Mídia Ninja”, reforça a denúncia do jornal Folha de São Paulo, de haver investimento empresarial para disparar mensagens em massa, e a possibilidade do candidato do PSL se utilizar de esquema semelhante ao que beneficiou Donald Trump nos Estados Unidos.
Um grupo de centenas de juristas e advogados que anunciou apoio à candidatura presidencial de Fernando Haddad (PT) deve entrar ainda nesta quinta-feira (18) com um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Jair Bolsonaro (PSL).
Em resposta ao jornal Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro (PSL) tentou afastar a sua campanha do esquema de compra de pacotes de disparos em massa de mensagens mentirosas contra a campanha de Fernando Haddad, candidato da coligação PT-PCdoB-Pros, no WhatsApp por empresas em contratos que chagam a R$ 12 milhões.
Reportagem publicada nesta quinta-feira (18), na Folha de S.Paulo, revela um esquema criminoso que vem impulsionando a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República: a contratação, por empresários, de pacotes de disparos em massa de mensagem no WhatsApp contra o PT. De acordo com a matéria, os contratos chegam a R$ 12 milhões e devem fomentar a campanha de ódio contra o partido adversário de Bolsonaro.
Por Christiane Peres*
O PDT anunciou que prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições presidenciais de 2018, com base nas denúncias de que empresas estariam comprando pacotes de divulgação em massa de mensagens contra o PT no Whatsapp. A prática é ilegal, uma vez que é proibida a doação de campanha por empresas. Para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, as fake news espalhadas pelos celulares têm se transformado no grande problema desse pleito.
Após a explosão do escândalo que atingiu a campanha de Jair Bolsonaro (PSL), o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, postou em sua conta pessoal no Twitter que as “PESQUISAS ELEITORAIS evidenciaram a impulsão da onda nos momentos finais. RJ, MG e DF são claros exemplos. Ao se comparar as fotos das vésperas, registradas por Ibope e Datafolha, em comparação com a foto das urnas, o fenômeno é claramente explicitado”.