Com os avanços significativos rumo ao fim do conflito, a Colômbia celebra a paz. Uma grande jornada acontece nesta sexta-feira (15) em todas as regiões do país. Os atos são convocados pela Marcha Patriótica, Polo Democrático, Aliança Verde e outros líderes políticos e movimentos sociais.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira (6) que "começou o desmanche do aparato da guerra" com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) após a guerrilha anunciar, um dia antes, que deixará de arrecadar dinheiro da população para seu financiamento.
“Soy guerrillero. Empuño el fuzil e a combatir/ hasta vencer o hasta morir, por justicia y paz que es lo que quiero” (Julián Conrado, o cantor das Farc)
Em meio a uma América Latina conturbada, cercada pela direita internacional, com forte ameaça à sua soberania, a Colômbia consegue avançar e dar um passo largo rumo a um continente independente e fortalecido.
Por Mariana Serafini
Calcula-se que atualmente cerca de 40% dos integrantes da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) são mulheres. Mulheres que por distintos motivos escolheram a luta armada como projeto de vida. Martha Isabel Ardila Castellanos, conhecida como Mariana Páez, é uma dessas mulheres que por mais de 50 anos fizeram parte do movimento insurgente, cujas histórias de vida eram desconhecidas ou simplesmente esquecidas.
Por Max Altman
Imagine viver num país onde 6 mil membros do mesmo partido que você foram perseguidos e assassinados de uma vez só. Neste mesmo país, mais de 7 milhões de pessoas foram desalojadas de suas casas por não ceder à pressão do crime organizado. Isso acontece há meio século. Estamos falando da Colômbia, que há uma semana anunciou o cessar-fogo bilateral e definitivo entre as Farc e o governo. A ação pode ser considerada histórica e abrirá uma página em branco ao povo colombiano.
Por Mariana Serafini
A embaixadora da Colômbia para a ONU, María Emma Mejía, informou que 42 observadores do organismo chegaram na Colômbia observar o andamento do acordo de cessar-fogo entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo).
Em sua autobiografia (“Viver para contar”), Gabriel García Márquez contou que, naquele 9 de abril de 1948, quando ainda nem lhe havia servido a sopa na pensão, seu amigo Wilfrido Mathieu se aproximou e disse: “este país vai sofrer demais”. Logo explicou: “acabam de matar o Gaitán em frente ao Gato Negro”.
Por Martín Granovsky, no Página/12
Por meio de no a Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB saudou a assinatura do acordo de Paz na Colômbia no último dia 23 de junho, sendo um passo importante para o fim do conflito de mais de 50 anos.
O dia 23 de junho de 2016 certamente será um marco na história da América Latina. Foi nesta quinta-feira de inverno que o governo da Colômbia e as Farc-EP (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia – Exército do Povo) assinaram o cessar-fogo bilateral e definitivo. Ainda não significa o fim do conflito de mais de 50 anos, mas com certeza um caminho sólido a este rumo.
Por Mariana Serafini
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc) e o governo colombiano firmaram nesta quinta-feira (23) o tão esperado acordo de cessar fogo bilateral e definitivo. Este é um passo histórico e decisivo para dar fim ao conflito interno que já dura mais de 50 anos. “Chegou a hora de viver sem guerra”, disse o presidente do país, Juan Manuel Santos.
“A paz na Colômbia é a nossa”, disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao chegar nesta quinta-feira (23) em Havana, para participar do histórico anúncio de cessar fogo bilateral do governo colombiano e das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo).
Políticos e movimentos como Marcha Patriótica (MP) fizeram nesta quarta-feira (22) o anúncio do acordo entre o governo colombiano e as insurgentes Farc-EP sobre o cessar-fogo bilateral, o abandono das armas, as garantias de segurança e a luta contra as organizações criminosas.