Diz-se, com razão, que o maior desafio de um governante reeleito é fazer um segundo governo melhor do que o primeiro. O governo do Recife, liderado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) e tendo como vice-prefeito o autor dessas linhas (PCdoB), enfrenta precisamente esse desafio – com um agravante: as condições econômicas, financeiras e institucionais, associadas à crise nacional, são outras, muito mais difíceis em comparação com a gestão anterior.
Em entrevista à Folha de Pernambuco desta quarta-feira (27), o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), defendeu os oitos anos de sua administração. Alvo de críticas por parte de adversários políticos durante a campanha eleitoral de outubro deste ano, Renildo disse que a crise financeira mundial teve impactos sobre as ações de seu governo provocados, especialmente, pelo atraso no repasse de recursos dos governos estadual e federal para a execução de obras na cidade.
Desde o início do governo Mário Covas, há 20 anos, até a atual gestão de Geraldo Alckmin, o governo paulista não criou nenhuma universidade estadual. No entanto, neste mesmo período, foram construídas 53 penitenciárias, além de outras unidades prisionais.
Em entrevista à Rádio FolhaPE nesta terça-feira (19), o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, disse que a decisão da oposição na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa do estado de fiscalizar as eventuais obras paralisadas na cidade não incomoda o governo. "A oposição cumpre o papel que lhe cabe, mas deve evitar os julgamentos apressados", alertou.