Deputados do PT, PSOL e PCdoB protocolaram representação contra o 03 do clã Bolsonaro, pedindo a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Casa, após falas de sua entrevista à jornalista Leda Nagle repercutirem nacionalmente
Milhares de brasileiras e brasileiros foram às ruas nesta terça-feira (5) para se manifestarem pela democracia, contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e por respostas no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Os atos foram convocados por movimentos populares, partidos de oposição e frentes de esquerda como a Povo Sem Medo e a Brasil Popular – com o lema “Por justiça para Marielle, por democracia e por direitos, Basta de Bolsonaro!” – e ocorreram em diversas cidades do País.
Vivemos uma série de indícios que apontam o interesse do presidente da República e seus agregados em romper com a tradição democrática vigente no Brasil desde a Constituição de 1988. Basta ver as declarações de caráter autoritário e desrespeitoso do presidente e de seus filhos.
Por Anderson Ribeiro de Freitas*
Editado na ultima segunda-feira (4), o decreto prevê a criação de uma força-tarefa para proteger índios e seus territórios e servirá para auxiliar órgãos federais na apuração e punição dos envolvidos no crime de Paulo Paulino Guajajara
O preço pago pelo liberalismo poderá ser o de consolidar uma ditadura no país. Valeria a pena? Outros articulistas têm alertado, tanto nas páginas da Folha como de O Globo, sobre esse risco. Bolsonaro evidentemente procura o golpe. Uma melhoria do ambiente econômico – ainda que artificial – o fortaleceria de forma irreversível.
Por Luis Nassif
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta segunda-feira (4) o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o acusou de virar “um auxiliar do radicalismo do Olavo [de Carvalho]”, o guru do bolsonarismo. A reação do deputado foi à declaração do militar, em entrevista ao Estadão, sobre a ideia aventada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de se editar um “novo AI-5” para conter o radicalismo da esquerda.
A oposição entrou nesta quinta-feira (31) com representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que, em entrevista, cogitou um “novo AI-5” no Brasil se a esquerda “radicalizar”. O pedido foi protocolado por PSOL, PT, PSB, PDT, PCdoB, Rede e Minoria. Como Eduardo cometeu incitação e apologia ao crime, os partidos pedirão também sua cassação no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar.
O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, recebeu pedidos para afastar a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho de qualquer investigação que eventualmente envolva o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Carmen é uma das responsáveis pela investigação do caso Marielle Franco, a vereadora do PSOL executada em 2018. Desde a campanha eleitoral do ano passado, a promotora não esconde seu bolsonarismo ativo.
Um ano após a eleição, Jair Bolsonaro conseguiu levar seu PSL, se não à ruína, certamente à perda de qualquer moral e dos bons costumes. Em 12 meses, foi do paraíso à perdição. De partido mais votado da Câmara dos Deputados, tornou-se uma legenda mais rejeitada pelos eleitores do que seu arquirrival, o PT. Pesquisa inédita do Ibope Inteligência revela que 50% dos brasileiros não votariam no PSL de jeito nenhum. A rejeição ao PT chega a 43%.
Por José Roberto de Toledo
O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL), que parece não gostar de povo, anunciou a venda de 17 estatais brasileiras, num processo de privatizações sem precedentes na história do país. A decisão, ao contrário do que o governo diz, vai impactar a vida de todos os brasileiros, tanto os que podem ser demitidos das empresas que forem privatizadas, quanto das prestadoras de serviços.
Por Rosely Rocha
O governo Jair Bolsonaro (PSL) prepara uma reforma administrativa que ataca servidores federais e fragiliza a carreira no serviço público. A proposta prevê regras mais duras para a contratação de servidores, salários iniciais cada vez mais achatados e novas barreiras para promoções. Uma das prioridades do presidente é terminar com a estabilidade do funcionário público. Além disso, o número de carreiras será drasticamente reduzido. Não há precedente para tamanho retrocesso.
Fernanda Chaves, a assessora que acompanhava Marielle Franco (PSOL) na noite do assassinato da vereadora e sobreviveu, contou à polícia que a parlamentar teve uma briga com Carlos Bolsonaro em 2017. Segundo Fernanda, Carlos, passando pelo corredor, ouviu uma conversa de um assessor de Marielle com uma pesquisadora mexicana. Ao apontar para o gabinete de Carlos, o assessor se referiu a ele como “fascista”. Carlos estava no telefone, mas ouviu e, aos berros, chamou o assessor de “merdão”.