Com a nefasta Medida Provisória (MP) 905 – que cria o Emprego Verde-Amarelo –, o governo Jair Bolsonaro golpeia e precariza ao menos 12 profissões. Bancários terão jornadas de trabalho mais extensas, enquanto professores poderão dar aulas aos domingos e feriados. Dez categorias já regulamentadas serão exercidas por quem não tem registro profissional: arquivista, artista, atuário, jornalista, publicitário, radialista, secretário, sociólogo, corretor de seguros e guardadores de carro.
Esta sexta-feira (15) marca os 130 anos de vida republicana no Brasil. Todo o processo de lutas em favor da República – que culminou com o golpe de Estado de 1889 – mostra que predominou a aliança entre os setores da elite envolvidas para a derrocada do Império que já durava 67 anos no País.
Por Marcos Aurélio Ruy
O ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, recebeu em seu gabinete no Palácio do Planalto um grupo de garimpeiros e lideranças do interior do Pará que incluía um empresário réu por uso de cianeto na Amazônia e investigado por compra de ouro ilegal. No grupo, também estava um dos pioneiros na invasão das terras dos índios ianomâmis. Os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, também participaram do encontro.
O arrependimento público de Jair Bolsonaro sobre a escolha de Hamilton Mourão para o cargo de vice-presidente durante a reunião que chancelou a criação de seu novo partido, Aliança pelo Brasil, repercutiu nesta quarta-feira (13) entre os parlamentares.
Em mais um gesto de submissão ao governo Donald Trump (EUA), Ernesto Araújo, chanceler do governo Jair Bolsonaro, declarou nesta terça-feira (12) que o Brasil apoia o golpe de Estado em curso na Bolívia e reconhece a senadora Jeanine Añez como “presidente interina”. De forma dissimulada, Araújo declarou ser importante “o compromisso de convocar eleições” após a derrubada à margem da lei do presidente legítimo, Evo Morales, reeleito em 20 de outubro passado.
Sob pressão de parlamentares, de representações diplomáticas e até da ONU, a Presidência da República se viu obrigada a negar, publicamente, a participação do governo Jair Bolsonaro na criminosa ação de golpistas na embaixada da Venezuela em Brasília. Segundo o Planalto, Bolsonaro não apoiou o que admite ser uma “invasão” à embaixada. Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança presidencial, classificou o episódio de “fatos desagradáveis”.
Uma mensagem nas redes sociais por parte de Eduardo Bolsonaro, insinuando um apoio à invasão ilegal da embaixada da Venezuela em Brasília, causa pânico e indignação numa ampla parcela do Itamaraty. O motivo: o Brasil ainda tem uma embaixada e um consulado operando normalmente em Caracas e, caso haja uma chancela do governo brasileiro ao ato em Brasília, a segurança dos diplomatas do país no exterior poderia estar comprometida, conforme reporta o colunista do UOL Jamil Chade.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, responsabilizou o governo Jair Bolsonaro pela criminosa invasão da embaixada da Venezuela em Brasília, efetuada à força na manhã desta quarta-feira (13). Segundo Arreaza, o Brasil desrespeitou acordos internacionais dos quais é signatário, como a Convenção de Viena.
Nove centrais sindicais brasileiras lançaram uma nota conjunta para denunciar o nefasto “Plano Mais Brasil”, concebido ao gosto dos empresários pelo ministro Paulo Guedes (Economia) e lançado nesta semana pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo entidades como CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e CGTB, o novo pacote tem medidas que “trarão mais desemprego e prejuízo aos pobres”.
Dois anos depois do desmonte da legislação trabalhista, o governo Jair Bolsonaro (PSL) lança um pacote para “estimular a criação de empregos”. Instituir uma carteira de trabalho “verde e amarela”, sem direitos, para concorrer com a azul criada por Getulio Vargas é uma proposta de campanha de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Nos bastidores, o time do ministro diz a jornalistas calcular que a MP terá condições de gerar até 4 milhões de empregos. Cálculo realista? Ou ufanista?
Autointitulada como “terrivelmente cristã”, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) se reuniu com dezenas de lideranças religiosas e conservadoras nos dez primeiros meses do governo Jair Bolsonaro, incluindo defensores da “cura gay” e movimentos contra a legalização do aborto. A agenda ideológica abrange até um encontro com representantes da União Conservadora Americana, responsável por organizar, nos EUA, a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).
Enquanto isso, na Câmara, PEC que propõe prisão em 2ª instância torna-se prioridade