Reunido entre os dias 16 e 18 de agosto, o Comitê Central do PCdoB debateu sobre a situação política do país e aprovou resolução política neste domingo (18) em que aponta como estratégia central dos comunistas: o fortalecimento e a ampliação da oposição ao governo Bolsonaro e a defesa da democracia como eixo de unidade.
A expulsão do deputado-pornô Alexandre Frota azedou o clima no PSL – também já apelidado de “Partido Só de Laranjas”. A abrupta decisão confirmou que a sigla de aluguel é controlada pelo “capetão” Jair Bolsonaro e por seus filhotes e milicianos. Quem discordar ou fizer qualquer crítica será fuzilado sem dó nem piedade.
Por Altamiro Borges
“O Brasil está sem dinheiro / os ministros estão apavorados / estamos aqui tentando sobreviver”. Dessa vez Jair Bolsonaro não mentiu, mas não é bem como disse. O Brasil está sem dinheiro porque está sem governo. E sem governo não há país que sobreviva como algo que seja ainda considerado país.
Por Janio de Freitas
O afastamento do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, resultado da ingerência inédita e direta de Jair Bolsonaro, é a continuação da operação abafa sobre as investigações dos crimes de Flávio Bolsonaro. Antes das investigações serem paralisadas por decisão de Dias Toffoli, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal estavam fechando o cerco sobre os crimes do senador e de seu auxiliar, Fabrício Queiroz.
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar suspeita de enriquecimento ilícito do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entre 2012 e 2017, período em que ele alternou a atividade de advogado com cargos no governo paulista. A Promotoria já pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal de Salles, mas a medida foi negada duas vezes pela Justiça estadual neste mês.
A Consultoria Legislativa do Senado deu parecer enquadrando a indicação de deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada do Brasil em Washington como caso de nepotismo. Segundo o texto, o cargo de chefe de missão diplomática – ao qual Eduardo seria indicado – é um cargo comissionado comum. Nesse tipo de cargo, é vedado o nepotismo, conforme decreto de 2010 e decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2008. Os indicados às embaixadas brasileiras precisam ser aprovados pelos senadores.
A eleição de 2018 no Brasil foi uma espécie de plesbicito: de um lado, a chapa Haddad/Manuela, que defendia um projeto nacional de desenvolvimento; de outro, a chapa Bolsonaro/Mourão, que defendia, de forma camuflada e não debatida, por receio de perder votos, a defesa do projeto neoliberal, do Estado mínimo, do livre mercado. Acabou ganhando as eleições com base numa campanha de ódio aos partidos de esquerda baseado nas fake news e no “caixa 2”.
Por Aluisio Arruda*
A questão ambiental é um dos pontos de maior conflito entre o que pensam as altas patentes militares e o governo Jair Bolsonaro (PSL) hoje. Há discordâncias no campo da diplomacia – que vão desde o alinhamento automático aos Estados Unidos até a indicação de Eduardo Bolsonaro como embaixador. Eles divergem também na estratégia de não formar uma base de apoio político e na ideia de privatizar estatais, como a Petrobras. Militares e Bolsonaro não pensam em linha reta, como se supõe às pressas.
O presidente da Suprema Corte agiu certo como “pacificador”? Existia correlação de forças para denunciar as tentativas de intimidação e a escalada golpista? Qual objetivo moveu a revelação tão precoce?
Por Ricardo Cappelli
O presidente Jair Bolsonaro foi, pessoalmente, a três jogos da Seleção Brasileira durante a Copa América, entre junho e julho. Mas, para farrear com o futebol, foi necessário gasto público. Dados da Secretaria Especial de Comunicação Social da Secretaria de Governo da Presidência da República apontam que foram gastos R$ 201,6 mil para que o presidente pudesse acompanhar as três partidas. Em média, um gasto de R$ 67,2 mil a cada jogo.
O desmatamento na região amazônica disparou 15% nos últimos 12 meses. É o que apontam dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta sexta-feira (16/08). Entre agosto de 2018 e julho de 2019 – o que abrange o final do governo Michel Temer (MDB) e o início da gestão Jair Bolsonaro (PSL) –, o total de área desmatada foi de 5.054 quilômetros quadrados, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.
“Vai fazer um troca-troca?” A piada infame com que, durante uma de suas lives, o presidente Jair Bolsonaro constrangeu seu próprio ministro da Justiça, Sérgio Moro, é mais reveladora do que pode parecer. Ela diz muito do atual momento de nossa estropiada vida política.
Por Fábio Palácio*