Desde que a opinião pública brasileira descobriu a natureza das mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol ficou claro que não houve nada parecido a eleições minimamente legítimas no ano de 2018. O que vimos foi simplesmente um processo sem condição alguma de preencher critérios básicos de legitimidade. Ou seja, uma farsa, mesmo para os padrões elásticos da democracia liberal.
Por Vladimir Safatle*
“Este é um governo neoliberal e neofascista. Essa visão incomoda o centrão, a direita mais civilizada, a centro-direita. Eles achavam que iriam tutelar o Bolsonaro, que iriam conseguir fazer com que se civilizasse um pouco. E não os constrangesse com as manifestações toscas, não civilizadas, grosseiras que ele faz sistematicamente.” A avaliação é de Dilma Rousseff (PT), em entrevista a Leonardo Sakamoto (UOL).
O covarde assassinato do cacique Emyra Wajãpi na semana passada é um incidente extremamente grave e traz à tona aspectos muito mais complexos do que a pretensa versão oficial. Os wajãpis estão entre os primeiros habitantes do Amapá e da Guiana Francesa. Descendentes da etnia guaiapi, falam um idioma originado do tupi, são oriundos da região do rio Xingu, de onde saíram por volta do século 18, e se estabeleceram no local onde estão atualmente.
Por Randolfe Rodrigues*
O sociólogo argentino Atilio Boron é um dos intelectuais marxistas mais ativos da América Latina hoje. Seus artigos e livros contribuem para o debate ideológico dos defensores de Nuestra América. Em conversa com a jornalista Mariana Serafini (Jacobin Brasil), ele se mostrou otimista com os rumos da política no continente, vê grandes chances do retorno do kirchnerismo na Argentina e uma pronta derrota de Bolsonaro no Brasil.
Os palmeirenses, aqueles que deambulam entre o centro e a esquerda, abarrotaram meu extenuado celular com mensagens de despedida. Nem todos, mas muitos manifestavam desconforto com a paixão palestrina. As incursões do capitão-presidente palmeirense nos subterrâneos da insanidade política, social e cultural desataram uma aluvião de inconformidades e protestos. Um dos mais exaltados proclamava com muitos pontos de exclamação: não dá mais!!!
Por Luiz Gonzaga Belluzzo
O Brasil e o estado de São Paulo têm sofrido profundamente com as consequências do desmonte das políticas públicas provocado por Jair Bolsonaro (PSL) e João Doria (PSDB). A dupla está empenhada em confirmar o que as expectativas mais pessimistas projetavam: a implantação de uma agenda de retrocessos.
Por Maria Izabel Azevedo Noronha*
Cortes orçamentários, declarações confusas e ausência de projeto. Para Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, os primeiros sete meses de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República refletem a concepção retrógrada de um político que enxerga na universidade pública uma ameaça.
Foi no meio da tarde desta segunda-feira (29), após a segunda declaração de Jair Bolsonaro sobre circunstâncias da morte de Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, que o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, resolveu interpelar o presidente no Supremo Tribunal Federal. Até então, apesar da emoção e da dor que o assunto suscita à família, Santa Cruz estava disposto a tratar o assunto como "mais uma declaração irresponsável do presidente".
Nos primeiros sete meses da gestão Jair Bolsonaro (PSL), a esquerda ficou, invariavelmente, presa a temas menores, aprendendo a se desvencilhar do estilo do presidente. Esta é a opinião do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que defende uma mudança na postura da oposição no Congresso para barrar os retrocessos do governo.
No governo Jair Bolsonaro (PSL), não há mais preocupação com a formação, distorcendo o propósito de programas e fazendo-os meramente meios de satisfazer o apetite por lucros das empresas de educação e do capital financeiro.
Por Madalena Guasco Peixoto*
O envolvimento do ministro Sergio Moro (Justiça) nos desdobramentos da Operação Spoofing, que prendeu quatro supostos hackers nesta semana, reacendeu a pressão de alas do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso para que os dois Poderes deem resposta à atuação do ex-juiz da Lava Jato. A avaliação de ministros da Corte e de parlamentares é a de que Moro extrapolou os limites de sua competência como ministro ao indicar que teve acesso a dados de uma investigação sigilosa da Polícia Federal.
A situação atual da educação brasileira é alarmante frente aos ataques, desferidos tanto pelo capital quanto pela escalada autoritária do governo.
Por Táscia Souza