O Planalto se prepara para uma nova cruzada – e o alvo não é nem a Previdência, nem a criminalidade. Desta vez, o governo quer conter o suposto avanço da Igreja Católica na liderança da oposição a Jair Bolsonaro, no vácuo da derrota dos partidos de esquerda. Na avaliação da equipe do presidente – com ares de “teoria da conspiração” –, a Igreja é uma tradicional aliada do PT e está se articulando para influenciar debates antes protagonizados pelo partido no interior do País e nas periferias.
Não é mesmo, como parece, um simples jogo político combinado entre Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Já se fala, mas não se sabe como e por que o conflito começou.
Por Maurício Dias, na CartaCapital
Com receio de pedir licença da Presidência e deixar seu cargo com o cada vez mais imprevisível vice-presidente, Jair Bolsonaro (PSL) praticamente paralisou o governo federal. As complicações no processo de sua recuperação, após a cirurgia, frustraram até mesmo os planos de transferir temporariamente o centro de comando do país para um escritório improvisado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A mensagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Congresso destacou sete reformas econômicas: 1. Reforma tributária; 2. Privatização; 3. Liberalização comercial; 4. Redução dos subsídios; 5. Autonomia formal do Banco Central; 6. Reforma administrativa; e 7. Reforma da Previdência.
Por Paulo Nogueira Batista Jr., na CartaCapital
Bastou um mês para que as pessoas mais avisadas percebessem que Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos não têm preparo nem estatura para governar um país com 210 milhões de habitantes, que está dividido e destruído moralmente, literalmente caindo aos pedaços.
Por José Luis Fiori*, no site do INEEP (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)
A tentativa da base bolsonarista de ressuscitar o projeto Escola sem Partido na Câmara dos Deputados, em termos ainda mais duros, levou a oposição a apresentar propostas alternativas. Se nos últimos anos os deputados conservadores dominarem o debate, agora a oposição parte para uma nova estratégia.
Representantes de comunidades quilombolas têm se articulado junto a parlamentares do Congresso Nacional para tentar alterar trechos da Medida Provisória (MP) 870, editada por Jair Bolsonaro (PSL) após a posse presidencial. Ao reformular a estrutura administrativa do Poder Executivo federal e reduzir de 29 para 22 o número total de ministérios, a MP também realizou uma redistribuição de competências que atingiu interesses sociais e populares.
Na carta que enviou ao Congresso Nacional para a abertura do ano legislativo na segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que não pretende encerrar tão cedo a campanha eleitoral do ano passado. Em outras palavras: não faltará trabalho nos próximos quatro anos às agências de checagem de fatos.
Por Laura Carvalho*
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) vai encerrar o Mais Médicos, um dos programas federais de maior aprovação popular. Segundo o El País, a proposta da gestão é substituí-lo por um novo projeto – que nem sequer está pronto e só será apresentado “em breve”.
A proposta de reforma da previdência do governo Jair Bolsonaro, segundo versão a que tivemos acesso, pretende unificar as regras dos regimes geral e próprio, impondo novas exigências para a concessão de benefícios, que alcançam a todos os segurados, em particular aos servidores públicos, e abre caminho para a adoção do regime de capitalização na previdência pública, como uma etapa para a privatização da previdência social.
Por Antônio Augusto de Queiroz*
Se quiser levar adiante seu pacote de medidas “anticrime”, anunciado na segunda-feira (4), o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) será obrigado a recuar em diversos pontos flagrantemente inconstitucionais. É o que indicam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pela imprensa. O projeto precisa ser aprovado no Congresso para virar lei.
Paulo Guedes e Sérgio Moro, ministros fiadores do governo Jair Bolsonaro diante do poder econômico e de setores da opinião pública, começaram a colocar seus blocos na rua com textos preliminares da Reforma da Previdência e a proposta de alterações legislativas contra o crime organizado e a corrupção.
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog (UOL)