A greve dos professores estaduais completa, nessa quinta-feira (19/7), 100 dias e não há uma previsão de término. Iniciada em 11 de abril, a paralisação busca, principalmente, um reajuste salarial de 22%, prometido à categoria pelo Governo do Estado, mas que não coube no orçamento.
De acordo com decisão publicada no Diário da Justiça do Estado da Bahia desta quarta-feira (18/7), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) negou o recurso do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) contra a ilegalidade da greve dos professores da rede estadual, que completa 99 dias.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo, fez um pedido de reintegração de posse à justiça, nessa segunda-feira (16-7), para retirar os professores estaduais que ocupam as dependências do local, desde o início da greve da categoria, há três meses. A justificativa de Nilo é de que a presença dos docentes tem dificultado o trânsito pela Casa Legislativa.
Diferente do que está sendo noticiado na grande mídia, os professores das universidades e instituições federais, em greve há 46 dias, reprovaram a proposta do governo federal apresentada na sexta-feira (13). Segundo o Comando de Greve Nacional da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN), a orientação é de “reprovar a proposta apresentada pelo governo, com definição de estratégias para dar continuidade ao processo de negociação” e não simplesmente rejeita-la.
Governo federal quer parcelar reajuste em três anos.
O governo federal propôs nesta sexta-feira (13) um plano de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais em greve desde o dia 17 de maio. Segundo a proposta, o plano entraria em vigor a partir de 2013. Neste momento, representantes dos grevistas conversam com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
Representantes de professores em greve das instituições federais de ensino serão recebidos na tarde de hoje (13), às 15h, pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. A categoria, em greve desde o dia 17 de maio, tem reivindicado mais diálogo com o governo para a negociação.
Assim como o ANDES-SN, que está em greve desde o dia 17 de maio, também já paralisaram suas atividades os servidores ligados à Fasubra, Sinasefe e à Condsef.
A greve dos professores da rede estadual, que já dura 90 dias, ficou mais perto do fim, depois da assembléia da categoria, realizada na manhã dessa terça-feira (10/7), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Pelo menos é isso que afirma a vice-coordenadora da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado) Marilene Betros, ao revelar que os docentes encerram o ato com uma boa perspectiva.
O comunicado 552047, expedido na sexta-feira (6) pela Secretaria de Relações do Trabalho e Gestão Pública no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – que orienta aos dirigentes de recursos humanos dos órgãos e das entidades da administração pública o corte do ponto dos servidores grevistas – foi tema de discussão na Assembleia dos professores da UFPI (9), que completam 53 dias em greve.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) manifestou apoio à greve professores das universidades federais e apelou para que o governo negocie com as categorias que estão paralisadas há 39 dias. Em discurso no plenário de Senado, nesta quarta-feira (27), ela pediu mais compreensão do governo para negociar a pauta de reivindicações dos professores e demais servidores que participam do movimento.
Johnson Fernandes, professor do campus de Parnaíba é o Delegado representante dos professores da UFPI na reunião em Brasília.