A desembargadora Marga Inge Barth Tessler, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, suspendeu na noite de ontem (24) a liminar que impedia a União de fazer qualquer desconto salarial dos servidores da Polícia Federal (PF) em greve no Rio Grande do Sul.
O fim de semana é decisivo para os servidores públicos federais e o governo negociarem o fim das greves. Estão previstas 20 reuniões neste fim de semana. O governo colocou o dia de amanhã como a data limite para negociação.
Sem ceder à pressão dos grevistas, o governo vai encerrar as negociações no próximo domingo (26). Segundo informações do Ministério do Planejamento, as rodadas de reuniões entre representantes do governo e sindicalistas terminam neste fim de semana. Até o momento, apenas duas entidades aceitaram a proposta apresentada pelo governo.
Professores das universidades federais em greve há mais de três meses foram recebidos na manhã desta sexta-feira (24) no Palácio do Planalto, por funcionários da Secretaria-Geral da Presidência da República. O grupo protocolou uma contraproposta da categoria e, com isso, esperam reabrir a mesa de negociação, paralisada desde o dia 3 de agosto.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, negou na quinta-feira (23) que a greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esteja causando desabastecimento de medicamentos no país.
"Posto PRF fechado! Passagem livre para tráfico de drogas e armas: esta é a resposta do governo federal para a segurança pública!". A frase estava estampada em uma faixa colocada em um posto da Polícia Federal na Via Dutra, na cidade de Penedo, no Rio de Janeiro. Também houve um protesto semelhante na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu.A presidenta Dilma Rousseff pretende punir os servidores que se excederem nos protestos.
A decisão do governo de cortar o ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve há três meses causou reação contrária à desejada pelo governo. Entidades ouvidas pelo Vermelho só confirmaram o que é senso comum no movimento sindical: quanto mais autoritária a postura, mais chances de radicalização do movimento.
Desde que foi promulgada a Lei de Acesso à informação, em maio, a grande mídia vem divulgando matérias com severas críticas às distorções existentes nas tabelas remuneratórias da administração de pessoal do setor público. Há, inclusive, afirmações de que a iniciativa da presidente Dilma Rousseff em promulgar a Lei foi uma cartada para não conceder os reajustes pleiteados por diversas carreiras do serviço público.
Por Dausley Miranda – Presidente do Sindifisco Pernambuco
A paralisação de cerca de 180 mil servidores técnicos-administrativos nas universidades federais pode ter fim até a quinta-feira (23), quando acontecerá a última assembleia de trabalhadores da categoria. Desde esta segunda-feira (20), as bases nos estados e municípios estão votando a proposta fechada entre governo e entidades representativas como a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), na quarta (15).
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) intercedeu junto às agências de fomento de pesquisa nacional para que as mesmas reconsiderem os prazos que tiverem necessidade comprovada de adiamento do prazo de entrega das pesquisas vinculadas às universidades federais, em greve há três meses. Até agora não houve retorno. Procurada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), não confirma informação veiculada recentemente de que não adiará prazo.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, retomou hoje (20) as negociações com servidores públicos em greve. Ele conversa neste momento com representantes dos funcionários da área de ciência e tecnologia, reunidos na Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef).
O governo federal propôs nesta sexta-feira (17) um reajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a 18 setores do serviço público federal, enquadrados no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e nas carreiras da Previdência, Saúde e Trabalho (PST).