A definição sobre a continuidade da greve nos bancos públicos será debatida nesta quarta-feira (28/10), na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE).
Depois de 21 dias de intensa mobilização e adesão, os bancários decidiram encerrar a greve. Em assembleias realizadas em todo o país nesta segunda-feira (26), os trabalhadores do setor aprovaram acordo negociado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que arrancou um reajuste de 10% na data-base (1º de setembro) e aumento de 14% nos vales alimentação e refeição. Os patrões ofereciam apenas 5,5% de reajuste.
Por Dayane Santos
Após 21 dias de greve e rodadas de negociações arrancadas com muita pressão dos bancários, termina a greve na base do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) nos bancos privados. A greve continua no Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, quando os funcionários rejeitaram as propostas dos bancos públicos. A decisão da categoria aconteceu na assembleia realizada na última segunda-feira (26/10), na sede da entidade, com a presença de 839 bancários.
O Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) realiza nesta segunda-feira (26/10), a partir das 19h, na sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1289 – Centro), assembleia deliberativa com a categoria. A pauta do encontro será apreciar a proposta de convenção coletiva de trabalho com Fenaban e propostas específicas em acordos coletivos de trabalho aditivos a CCT apresentadas no último sábado (24). O Comando Nacional dos Bancários orienta a aceitação da proposta.
Os servidores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) deliberaram, na última sexta-feira (23/10), suspender o movimento grevista que afetava parte dos campi da instituição. Com isso, os servidores que encontravam-se paralisados voltam às atividades na próxima terça-feira (27/10), com reinício das aulas a partir da quarta-feira (28).
Diante de mais uma proposta rejeitada, apresentada pela Fenaban na rodada de negociação da última quarta-feira (21/10), com reajuste de 8,75%, os bancários do Ceará intensificaram ainda mais a greve, aumentando para 417 o número de agências paralisadas no Estado, o que representa 73,54% de adesão neste 17º dia de greve.
Bancários cearenses reunidos em assembleia, na última terça-feira (20/10), definem fortalecer ainda mais a greve até arrancar uma proposta decente por parte dos bancos/governo. Ainda indignados com a intransigência do patronato e a proposta rebaixada apresentada de 5,5% (muito abaixo da inflação do período de 9,88%), a categoria propôs dar continuidade e fortalecimento da greve nos bancos públicos e privados em todo o Estado.
As tarifas bancárias cobradas pelos oito maiores bancos do país nos últimos três anos subiram 169%, percentual 8,6 vezes superior à inflação para o mesmo período, segundo apontou a associação de consumidores Proteste. Apesar disso, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma contraproposta aos bancários que nem chega a repor as perdas da inflação.
Por Dayane Santos
A greve dos bancários chega ao 14º dia com 398 agências no Ceará. Na última segunda-feira (19/10), os bancários cearenses aumentaram a mobilização para mostrar a força da categoria e lutar contra a intransigência e o silêncio dos banqueiros, e forçar a reabertura das negociações.
Desde o dia seis de outubro os trabalhadores bancários do Brasil estão em greve. Segundo as principais lideranças nacionais da categoria, a greve pode ser longa, dada a postura intransigente da Febraban nas diversas rodadas de negociação.
Por Nivaldo Santana*
A greve dos bancários completa duas semanas nesta segunda-feira (19/10) sem qualquer contato dos bancos para retomar as negociações. Na última sexta-feira (16), foram 395 agências fechadas no Ceará, o que representa 70% de adesão ao movimento. No Brasil, em todos os 26 estados e no Distrito Federal, pararam 12.277 agências e 44 centros administrativos.
A greve dos bancários está consolidada no Ceará e chegou, na última quinta-feira (15/10), ao décimo dia com 390 agências fechadas das 567 existentes no Estado. O número representa quase 70% de adesão e significa que mais de sete mil bancários estão de braços cruzados por uma proposta digna que atenda minimamente os interesses da categoria.