A greve de fome mantida por 130 prisioneiros no centro de detenção dos EUA, na base militar estabelecida no território usurpado de Guantânamo (Cuba), completa 100 dias nesta sexta-feira (17). Neste período, os reclusos denunciam novas violações de direitos humanos pelos militares carcerários.
A organização não-governamental Testemunha contra a Tortura convocou três jornadas de solidariedade aos 130 presos que há 100 dias mantêm uma greve de fome na prisão do campo de concentração estadunidense de Guantânamo, instalada na base ilegal militar em território de Cuba.
A organização estadunidense Testemunha Contra a Tortura (Witness Against Torture, em inglês) convoca nesta terça-feira (14) três dias de protestos, pelos 100 dias de greve de fome mantida por 130 prisioneiros na prisão ilegal de Guantânamo, estabelecida pelos EUA na base militar que estabeleceram em um território ocupado em Cuba. O grupo, defensor dos direitos humanos, realizará ações pacíficas em várias cidades estadunidenses de 17 a 19 de maio.
Especialistas e ativistas de direitos humanos exigiram nesta sexta-feira (10) ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o fechamento da prisão de Guantânamo, onde cerca de cem presos mantêm uma greve de fome que já dura 93 dias.
Uma greve de fome iniciada no último dia 6 de fevereiro foi a maneira que os detidos do Campo de Detenção da Baía de Guantânamo, prisão militar estadunidense localizada em Cuba, encontraram para protestar contra a detenção indefinida e sem acusação formal, modo como o governo dos Estados Unidos tratam presos acusados supostamente de terrorismo.
A alimentação forçada de prisioneiros em greve de fome na prisão de Guantânamo foi duramente criticada por especialistas em direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). Um comunicado divulgado na quarta-feira (1º) pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da entidade (leia a íntegra em inglês) afirmou que o procedimento de obrigar os grevistas a se alimentarem deve ser interrompido e é contra os padrões médicos internacionais.
“Não é uma surpresa que tenhamos problemas em Guantânamo”, admitiu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao ser questionado por um jornalista sobre a situação de centenas de presos que deixaram de se alimentar há dois meses em protesto contra as “duras condições disciplinares” às que são submetidos nesta prisão localizada em uma porção do território cubano, que foi arrendado pelos Estados Unidos no começo do século 20.
A permanência da base estadunidense em território cubano de Guantânamo é um ataque frontal ao direito internacional e a dignidade humana, afirmou, nesta terça-feira (30), em Genebra, o acadêmico e especialista no assunto, Alfred Mauricio de Zayas.
Nesta sexta-feira (26), aumentou para 97 o número de presos que continuam a greve de fome na prisão ilegal da base de Guantânamo – um território ocupado de Cuba pelos Estados Unidos. Segundo informou o porta-voz da prisão, Samuel House, por meio de um comunicado, 19 estão sendo alimentados à força.
Mais da metade dos detentos do campo de concentração situado na base ilegal de Guantânamo continuam em greve de fome, segundo confirmaram nesta segunda-feira (22) autoridades militares.
O fim de semana foi marcado por violência e apreensão frente à greve de fome realizada por um grupo de detentos no campo de concentração situado na base americana de Guantânamo, em Cuba. Os abusos policiais somados às más condições em que vivem os presos resultaram em um confronto no último sábado (15).
Grupos defensores de direitos humanos nos Estados Unidos realizarão na quarta (10) e na quinta-feira (11)) duas jornadas de protesto nacional exigindo o fechamento do campo de concentração situado na base naval ilegal de Guantânamo, instalada em um território ocupado a Cuba.