O presidente legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, reafirmou que desistiu de negociar com o ditador Roberto Micheletti, porque este não esteve disposto a cumprir os acordos para superar a crise que afeta esse país, iniciada após um golpe de Estado em 28 de junho. No dia em que a Suprema Corte adiou mais uma vez a decisão sobre a restituição de Zelaya, o enviado dos Estados Unidos a Honduras, Craig Kelly, deixou Tegucigalpa ontem (11) sem conseguir fazer que o acordo do dia 30 seja cumprido.
A resistência antigolpista de Honduras denunciou uma campanha de setores empresariais para forçar seus trabalhadores a votar nas eleições do próximo dia 29, sob ameaça de demissão. Tais pressões foram descobertas durante uma investigação do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas (COPINH), informou uma de suas principais dirigentes, Berta Cáceres.
Imagine passar a tesoura em quase 15 milhões de cédulas eleitorais para excluir um candidato. É possível que isso seja feito em Honduras para as eleições de 29 de novembro, caso elas sejam mesmo realizadas sob o regime golpista, sem a volta do presidente deposto Manuel Zelaya ao posto para o qual foi democraticamente eleito.
O governo dos Estados Unidos voltou a enviar um diplomata a Honduras para pressionar por uma saída para a crise que o país vive desde a deposição do presidente Manuel Zelaya no golpe de Estado de 28 de junho.
Antes do golpe, Ángel David já morava aqui, nesta colônia, onde o único espaço verde e horizontal é o cemitério, por isso as crianças aproveitam um buraco na cerca para jogar futebol ou brincar de esconder entre os túmulos de seus avós. O panorama de Ángel David não era muito animador.
A administração Obama optou por uma mutação de conceitos usados por George W. Bush (o Hard Power, poder duro) e Bill Clinton (o Soft Power, poder suave), combinando o poder militar com a diplomacia, a influência econômica e política com a invasão cultural e manobras legais. Denominam isto de 'Smart Power' [Poder Inteligente]. A sua primeira aplicação trata-se do golpe de Estado nas Honduras, onde, até hoje, funcionou na perfeição.
Por Eva Golinger*, em Brasil de Fato
Há duas semanas, tornou-se público o conteúdo de um email de um pecuarista chileno de nome Avilés, residente no Paraguai há mais de 30 anos, que propõe a arrecadação de uma contribuição financeira entre seus pares empresariais para comprar armamentos, formar milícias e identificar e matar comunistas. Do mesmo modo que ocorreu em Honduras com as pequenas reformas de Manuel Zelaya, a rançosa elite paraguaia não suporta o ex-bispo como presidente.
Por Pablo Stefanoni, no Semanário Pulso, da Bolívia
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, assegurou no domingo (8) que o governo golpista pretender substituir nesta semana o presidente, Roberto Micheletti, por um "testa-de-ferro" que dê legitimidade às eleições do dia 29 de novembro. A renúncia do candidato Carlos H. Reyes e a decisão de um movimento popular em favor do líder deposto de boicotar o pleito elevam a desconfiança sobre a realização da votação.
Na noite do passado dia 5, o golpe de estado das Honduras encaminhou-se para um desfecho provisório de farsa. Micheletti, o líder do cuartelazo que sequestrou e deportou o presidente constitucional Manuel Zelaya, tornou publica a formação de um fantasmático “governo de unidade e reconciliação nacional”, presidido por ele, chefe do golpe.
Por editores de odiario.info
Quando esteve em Honduras, à frente de uma delegação composta por membros de organizações de direitos humanos da Guatemala, Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz, se somou à rejeição internacional ao golpe perpetrado contra Manuel Zelaya.
Por Gilson Caroni Filho*, em Carta Maior
A União Europeia (UE) pediu a retomada do diálogo entre o presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya e o líder do governo de fato Roberto Micheletti, após o fracasso do acordo que havia sido concluído para resolver a crise política que se instalou no país.
Depois de várias horas de reunião entre o embaixador dos Estados Unidos em Honduras, Hugo Llorens, e os representantes dos governos deposto e golpista, Jorge Reina e Arturo Corrales, respectivamente, ficou decidido que neste sábado eles voltarão a se encontrar para uma nova rodada de negociações.