Depois de várias horas de reunião entre o embaixador dos Estados Unidos em Honduras, Hugo Llorens, e os representantes dos governos deposto e golpista, Jorge Reina e Arturo Corrales, respectivamente, ficou decidido que neste sábado eles voltarão a se encontrar para uma nova rodada de negociações.
Depois de várias horas de reunião entre o embaixador dos Estados Unidos em Honduras, Hugo Llorens, e os representantes dos governos deposto e golpista, Jorge Reina e Arturo Corrales, respectivamente, ficou decidido que neste sábado eles voltarão a se encontrar para uma nova rodada de negociações.
O fracasso de um acordo para colocar fim à crise política de quatro meses em Honduras causou indignação a diplomatas dos Estados Unidos e da América Latina que haviam desenvolvido o pacto e coloca em risco as eleições presidenciais de 29 de novembro.
O novo recuo nas negociações em busca de um acordo em Honduras levou representantes do Brasil e mais 23 países latino-americanos se manifestarem pela restituição do presidente deposto hondurenho, Manuel Zelaya, ao poder e em defesa de uma solução rápida e eficaz para o processo político. A Agência Brasil teve acesso a detalhes da reunião em que os chanceleres se manifestaram duramente sobre o impasse no país vizinho.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, declarou, por meio de um porta-voz, que fracassou o acordo firmado para tentar pôr fim à crise política no país. O anúncio de Zelaya foi feito pouco depois de o presidente interino, Roberto Micheletti, ter formado um "governo de união nacional" que não incluía representantes de Zelaya.
É difícil prever o que vai acontecer em Honduras depois do acordo. Na aparência, ele sequer impõe a volta do presidente constitucional Manuel Zelaya, cujo mandato foi capado em mais de quatro meses. O retorno era ponto de honra não só para os partidários de Zelaya, mas para a ONU, a OEA e a comunidade internacional, até porque nenhum país reconheceu o regime do golpista Roberto Micheletti.
Por Argemiro Ferreira*
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu, em uma carta enviada à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que os Estados Unidos esclareçam se as eleições no país centro-americano serão reconhecidas mesmo que ele não seja restituído ao poder.
A mesa diretora do Congresso de Honduras resolveu nesta terça-feira (3) consultar a Corte Suprema de Justiça e outras instituições sobre a devolução da presidência a Manuel Zelaya. A manobra, adotada por maioria, é vista como uma tentativa de protelar a solução da crise, acordada na sexta-feira entre o regime golpista e os partidários do presidente constitucional.
O presidente do Congresso de Honduras, José Angel Saavedra, convocou reunião da mesa diretora nesta terça (03), para examinar o acordo que pretende acabar com a crise gerada pelo golpe de Estado. Os deputados já receberam cópia do documento assinado na sexta, determinando que o Congresso decida sobre a restituição de Manuel Zelaya. Carlos Lara, secretário do Legislativo, disse que os parlamentares analisarão o "alcance" do acordo para então fixar a data em que o assunto irá a plenário.
"SuperShannon" desembarcou em Tegucigalpa porque Zelaya não se encontrava mais exilado num país vizinho: estava em seu próprio país, abrigado na sede da Embaixada brasileira na capital hondurenha, que, apesar de cercada, ameaçada e submetida a todo tipo de constrangimentos, nunca mereceu da grande mídia brasileira ao longo destas semanas tensas a mesma indignação tão enérgicamente manifestada pelos governos da América do Sul e seus representantes na OEA. O artigo é de Elizabeth Carvalho*.
A comissão prevista pelo acordo firmado entre representantes do presidente golpista de Honduras, Roberto Micheletti, e do presidente deposto Manuel Zelaya deverá ser instalada terça-feira (3).
Os alquimistas medievais estudavam como transformar uma substância qualquer, sem valor, em ouro. Nossos alquimistas midiáticos querem converter ouro em merda. Com o (aparente) fim da crise em Honduras, desenha-se um grande triunfo da diplomacia brasileira, que se posicionou de forma muito explícita, corajosa, dura, contra o golpe. A mídia e os diplomatas de pijama (todos ligados ao governo FHC) que ela foi buscar, todos, deram declarações confusas, débeis.
Por Miguel do Rosário, em Óleo do Diabo