Existem planos para assassinar o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, e é bom não ignorá-los, "pois mais tarde dirão que se suicidou", advertiu nesta terça-feira (29) o chanceler da Nicarágua, Samuel Santos. Em seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, o ministro disse que seu país decidiu não reconhecer "qualquer farsa eleitoral" em Honduras, convulsionada pelo golpe de 28 de junho.]
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, descreveu as ameaças à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis". Ele disse, durante entrevista coletiva na sede da entidade em Nova York, nesta terça-feira (29), que está "profundamente preocupado" pelos últimos acontecimentos em Honduras.
O presidente do governo golpista de Honduras, Roberto Micheletti, declarou nesta segunda-feira (28) que está disposto a "revogar" o decreto de estado de sítio, anunciado menos de 24 horas antes. A declaração foi vista como um sinal de recuo de Micheletti, diante da crescente pressão internacional e interna, mas também da divisão em suas filas. O Congresso de Honduras pediu formalmente que ele revogasse o decreto, que suspendeu as liberdades e garantias individuais por 45 dias.
A pressão internacional sobre o governo de facto de Honduras ainda não foi "suficientemente forte" para resolver a grave crise no país, disse nesta segunda-feira o assessor para assuntos internacionais do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia. Ele criticou uma declaração do representante interino dos Estados Unidos na OEA (Organização dos Estados Americanos), taxando de "irresponsável" o retorno do presidente Manuel Zelaya a Tegucigalpa.
A falta de devido processo legal, a inexistência de apoio da comunidade internacional e a origem em um levante para remover um chefe de Estado legitimamente eleito só permitem chamar o governo de Honduras de golpista, não de interino, afirmam especialistas consultados pelo UOL Notícias. A atual administração do país centro-americano acusa o presidente deposto, Manuel Zelaya, de tentar violar a Constituição para buscar a renovação de seu mandato presidencial.
Os Estados Unidos criticaram nesta segunda-feira (28) o governo golpista de Honduras por se recusar a receber uma missão da OEA (Organização de Estados Americanos). "Está na hora do regime de fato ceder. A cara ação eles aprofundam o fosso. É hora do regime avançar numa direção mais construtiva. Até agora, falharam nisso", disse o porta-vos do Departamento de Estado, Philip Crowley.
Com o título "A ascensão e a ascensão do Brasil: mais rápido, mais forte, mais alto", o Independent publicou duas páginas, do correspondente Hugh O'Shaughnessy, apontando o favoritismo para os Jogos de 2016. Diz que na sexta "o voto pode ser um marco na jornada do Brasil para deixar de ser o eterno país do futuro". Cita a popularidade, de Lula o G20, a resistência ao "impostor" de Honduras.
O presidente do Congresso de Honduras, José Alfredo Saavedra, aceitou receber a partir de quarta (30) os parlamentares brasileiros integrantes da comissão externa da Câmara dos Deputados escalada para verificar as condições dos funcionários e da embaixada brasileira naquele país. O local abriga há uma semana o presidente hondurenho Manuel Zelaya deposto do poder pelos militares golpistas.
Cerca de 500 pessoas se reúnem na Universidade Pedagógica Nacional na nesta segunda-feira (28), em Tegucigalpa, na primeira tentativa de manifestação em apoio ao presidente deposto, Manuel Zelaya, após o governo golpista suspender por 45 dias as garantias constitucionais, por decreto, no domingo. A medida restringe as liberdades de circulação e expressão, e proíbe as reuniões públicas, entre outras medidas.
Fundador de diversas organizações de direitos humanos, Juan Almendares vê repetir-se em seu país, Honduras, uma cena que trás um passado não tão distante na história latino-americana. Feridos arrancados de hospitais, dura repressão a manifestações públicas e gente sendo perseguida. Ex-reitor de universidade autônoma, ele denuncia torturas e diz que o presidente Manuel Zelaya ainda não voltou ao poder devido ao forte apoio do Exército aos golpistas.
O governo dos Estados Unidos deportou, neste domingo (27), uma filha do presidente golpista de Honduras, o ditador Roberto Micheletti, por prestar serviços na embaixada hondurenha em Washington com um visto diplomático que as autoridades estadunidenses já haviam cancelado. A informação está no argentino Página 12.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) fez uma convocação urgente nesta segunda (28) ao Conselho Extraordinário para analisar a situação em Honduras, depois de o governo golpista negar a entrada de uma missão do organismo ao país no domingo.