O adiamento da posse do presidente Hugo Chávez para um novo mandato não pode ser considerado sinal de ruptura da ordem democrática na Venezuela, segundo o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), senador Roberto Requião (PMDB-PR). Em sua opinião, deve-se garantir um prazo de três a quatro meses para que se defina se o país vizinho deverá ou não promover novas eleições.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela anunciou nesta quarta-feira (9) que aceita a decisão da Assembleia Nacional de adiar a posse para o novo mandato do presidente Hugo Chávez, que estava prevista para quinta-feira (10).
Nesta terça-feira (9), após o anúncio de que o presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, não tomará posse nesta quarta-feira (10), movimentos sociais e representantes de partidos políticos argentinos realizaram uma caravana em Buenos Aires em apoio ao mandatário.
Representantes de sindicatos da província boliviana de Yungas, no estado de La Paz, se solidarizaram no último sábado (5) com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se pediram sua pronta recuperação.
A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou nesta terça-feira (8) uma resolução respaldando a carta enviada pelo vice-presidente executivo da República, Nicolás Maduro Moros, na qual se notificou que devido a um motivo superveniente o mandatário nacional, Hugo Chávez, não poderá comparecer ao ato protocolar de tomada de posse na quinta-feira (10) no Palácio Federal Legislativo.
O presidente da Venezuela Hugo Chávez, reeleito para um novo mandato no período de 2013 a 2019, não tomará posse nesta quinta-feira (10) diante da Assembleia Nacional. Em carta, o vice-presidente do país, Nicolás Maduro, esclarece que Chávez o fará posteriormente diante do Supremo Tribunal de Justiça, como determina a Constituição venezuelana.
Ao menos três altos representantes de governos sul-americanos viajarão à Venezuela para assistir à cerimônia de posse de Hugo Chávez na próxima quinta-feira (10). As páginas oficiais dos governos de Bolívia e Uruguai anunciaram nesta terça-feira (8) que os presidentes Evo Morales e José Mujica estarão em Caracas mesmo sem a certeza de que o líder venezuelano se apresentará à Assembleia Nacional para receber seu novo mandato constitucional.
A Folha de S. Paulo desta terça-feira, 8 de janeiro de 2013, trombeteia em sua principal manchete: “Brasil dá apoio a manobra que adia a posse de Chávez”. É mais um típico exemplo de desinformação, manipulação e distorção da grande mídia.
Por Max Altman*, no Opera Mundi
Em entrevista concedida ao Portal Terra, o dirigente nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, avalia o atual cenário na Venezuela e é veemente ao afirmar que as relações do país com o Brasil não devem mudar e que o esperado é que Chávez se restabeleça, assuma e cumpra o mandato para o qual foi eleito, mas pontua: “a chamada revolução bolivariana é um processo político-social muito consistente, que não depende nem se resume a uma pessoa”, sintetiza.
O debate político que tomou conta da Venezuela gira em torno de seis artigos da Constituição – o mais polêmico deles o que fixa no dia 10 de janeiro a posse do presidente eleito.
Por Monica Yanakiew, na Agência Brasil
O presidente uruguaio, José Pepe Mujica, viajará na quarta-feira (9) a Caracas para "apoiar o governo e o povo da Venezuela".
“Chávez significa para toda América Latina uma retomada da soberania nacional, de uma justa distribuição de renda e riqueza, de defesa dos direitos humanos, de apoio à diversidade informativa”. Foi assim que resumiu, durante entrevista exclusiva à Rádio Vermelho, Dênis de Moraes, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), ao falar sobre os ataques que Hugo Chávez sofre ao longo de seu governo na Venezuela.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo