A Arábia Saudita, que lidera uma intensa campanha militar contra o Iêmen, impediu que um voo charter das Nações Unidas, com pessoal de uma agência humanitária, pudesse viajar até o país destruído pela guerra e onde milhões de pessoas necessitam de ajuda.
Desde o dia 27 de abril, quando começou a segunda onda de contágios de cólera no Iêmen, a epidemia se propagou a 91,3% do país, em 21 das 23 províncias e a 293 dos 333 distritos, afirmou nesta terça (18/07) a OMS, em um comunicado.
Escutam-se poucas vozes na grande mídia mundial para comover a opinião pública em busca de uma solução urgente para o país, que convive há dois anos com bombardeios da Arábia Saudita e sofre com a pior epidemia de cólera já registrada
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comenta as recentes declarações do embaixador dos EUA na ONU de que os EUA são a "consciência moral" do mundo.
Centenas de milhares de iemenitas assinalaram este domingo (26), em Saná, os dois anos da guerra de agressão saudita contra o seu país, com consequências devastadoras.
Pelo menos dez mil civis pereceram em menos de dois anos de guerra no Iémen. Cerca de 40 mil outros ficaram feridos no mesmo período, alertou, segunda-feira, 16, o Serviço para a Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas no país. A estimativa das vítimas baseia-se nos registros das unidades de saúde, pelo que o número real pode ser bem maior, afirma a estrutura da ONU.
O site WikiLeaks publicou mais de 500 documentos da embaixada dos EUA no Iêmen. Neles, foram encontradas provas de que Washington municiou, treinou e financiou soldados antes mesmo da guerra contra os houthis ter início.
O bombardeamento de sábado (8), em Saná, foi um dos mais violentos e mortíferos levados a cabo pela aviação saudita desde o início da ofensiva contra o Iêmen, há 18 meses. Estas atrocidades contam com o envolvimento britânico e dos EUA.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que os 18 meses de agressão saudita ao Iêmen tenham provocado perto de 10 mil mortos.
Um atentado suicida contra jovens recruta do exército causou nesta terça-feira (30) cerca de 60 mortos em Iêmen, informaram fontes militares, que consideraram a esse ataque como o mais sangrento ocorrido na cidade de Adén.
Quiçá passe a chamar-se "Plano de Jedá", mas a julgar pelo revelado até agora, o "enfoque justo e sensível" que Estados Unidos apresentou para deter a guerra do Iêmen em pouco supera ao malogrado no Kuwait.
Por Ulisses Canales, na Prensa Latina
O conflito no Iêmen provocou mais de três milhões de deslocados, revelou nesta segunda-feira (22) um relatório do Escritório do Alto Comissariado de Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).