“Fora! Fora, Salé! Covarde! Você é agente dos EUA!” – cantado por manifestantes, em Sanaa, em 24 de março de 2011. Até aqui, nada de “R2P” (‘responsabilidade de proteger’). Nada de resolução da ONU. Nada de zona aérea de exclusão. Nada de aviões-robôs Predator armados. Nada de Tomahawks. Nada de torpedeiros C-130. Nada de imperialismo humanitário.
Por Pepe Escobar, no Asia Times Online
Pelo menos 12 pessoas morreram durante protestos contra o governo do Iêmen na cidade de Taiz, quando soldados das forças armadas abriram fogo contra manifestantes. Trinta pessoas ficaram gravemente feridas.
O presidente do Iêmen, Ali Abdulá Salé, afirmou nesta terça-feira (22) que o movimento oposicionista conduz o país a uma "situação insegura". Salé chegou a ameaçar os oposicionistas com o desdobramento de uma guerra civil, por causa do que ele chamou de "tentativa de golpe" por parte da oposição
A pressão sobre o presidente do Iêmen, Ali Abdulá Salé, é cada vez mais intensa. Nesta segunda-feira (21) um dos generais mais importantes do regime, Ali Mohsen al-Ahmar, que comanda a zona militar Noroeste do país, anunciou, na Al-Jazira, o apoio aos manifestantes pró-democracia.
O presidente do Iêmen, Ali Abdallá Salé, decretou nesta sexta-feira (18) estado de emergência no país, na sequência dos mais graves confrontos desde fevereiro, quando tiveram início os protestos contra o regime.
Cerca de 3 mil estudantes iemenitas se manifestaram neste domingo (20) em frente ao campus da Universidade de Sanaa, pedindo a demissão do presidente do Ali Abdullah Saleh, na sequência dos protestos dos últimos dias no país. A manifestação marca o 11º dia consecutivo de protestos contra o governo. O ato não foi incomodado por partidários do regime, mantidos à distância pela polícia.