Completam-se no domingo, 17 de abril, 20 anos do massacre de Eldorado de Carajás, no sul do Pará. A data, que coincide agora com a votação do impeachment pelo plenário da Câmara Federal, gerou o Dia Internacional da Luta Camponesa e permanecerá por longos anos gravada na memória dos movimentos sociais do Brasil e de todo o mundo.
Por Umberto Martins, especial para o Portal Vermelho
O jornalista e escritor Fernando Morais afirmou por meio das redes sociais, nesta sexta-feira (15), que “os golpistas vão arrastar até a sepultura a pecha de golpistas”. Disse ainda que, “seja qual for o resultado, a luta não termina domingo. a luta começa domingo”.
Durante a intervenção dos partidos, na sessão plenária que debate o pedido de abertura do processo de impeachment, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que um impedimento do mandato da presidenta Dilma Rousseff não é saída para a crise econômica enfrentada pelo país e rebateu o discurso de parlamentares golpistas.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, nesta sexta-feira (15), o ex-presidente Lula dirigiu-se aos parlamentares que estão em sessão plenária de debate do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Lula destacou que “divergir do governo, criticar os erros e cobrar mais diálogo e participação” é o papel do Legislativo, mas “outra coisa é embarcar em aventuras, acreditando no canto de sereia dos que se sentam na cadeira antes da hora”.
Durante a sessão de discussão do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), fez um discurso conclamando os parlamentares a decidir o processo de impeachment com o compromisso com o país, e não balizado pelos interesses particulares.
A presidenta Dilma Rousseff fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, nesta sexta-feira (15), às 20 horas, para denunciar o golpismo em curso na Câmara dos Deputado pedir apoio contra o impeachment de seu mandato, segundo a Folha de S. Paulo.
Nesta sexta-feira (15), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez a defesa da presidenta Dilma Rousseff na sessão da Câmara dos Deputados do processo de impeachment. Ele reafirmou que o processo teve início num “ato viciado” e que ocorreu em “retaliação” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando o PT negou apoio a ele no Conselho de Ética.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em sessão realizada nesta quinta-feira (14) manter a forma e a ordem alternada para a votação da análise do pedido de impeachment em andamento na Câmara dos Deputados.
A TV Vermelho retransmite ao vivo a sessão da Câmara dos Deputados que votará o relatório da comissão especial que avaliou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff “juridicamente é uma farsa”. Ele também criticou o discurso do vice-presidente Michel Temer (PMDB), em áudio vazado. “É uma invenção surrealista”, disse ele, de quem “faz campanha para depor a presidente”. “Um vice que tem 1% de intenção de voto”, enfatizou o governador.
O empresário Júlio Camargo, um dos principais colaboradores da Operação Lava Jato, que apontou contas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no exterior e se disse ameaçado por ele, quebrou o silêncio e concedeu sua primeira entrevista, ao jornalista Henrique Beirangê, da revista Carta Capital.Segundo ele, um impeachment conduzido pelo presidente da Câmara "é surreal".
O impeachment não é solução para o país e a oposição está sendo oportunista, aponta pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada nesta quinta-feira (14). Para 58% dos entrevistados, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff não resolve os problemas enfrentados pelo Brasil, enquanto 35% acreditam que sim. Esses números variaram pouco desde o levantamento anterior, de dezembro (57% e 34%, respectivamente). Os que não souberam ou não quiseram responder passaram de 9% para 7%.