O Portal Vermelho entrevistou Samuel Barbosa, professor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da USP, para falar sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) da ação impetrada pelo PCdoB contra o golpismo nas manobras do rito do impeachment. O professor destaca que o sistema de governo é presidencialista e que o “impeachment não pode ser um instrumento para política ordinária”, pois corre o risco de ser “banalizado”.
Por Dayane Santos
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (16), ao abrir a 3ª Conferência Nacional de Juventude, que aqueles que tentam interromper seu mandato, conquistado legitimamente nas urnas, não conseguem encontrar uma razão para justificar seus atos.
Com a força da democracia e a determinação daqueles que têm compromisso com o Brasil, 100 mil pessoas tomaram a avenida Paulista em São Paulo para dizer: “Não vai ter golpe!” O ato convocado por entidades do movimento social contou com lideranças dos mais diversos setores contra o impeachment, contra o ajuste fiscal e pela saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Câmara dos Deputados.
Por Dayane Santos e Laís Gouveia
Começaram desde a manhã desta quarta (16) os atos no Brasil contra o golpe, pelo Fora Cunha e contra o ajuste fiscal. Acompanhe pelo Portal Vermelho a movimentação da militância nas ruas contra o impeachment.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), responsabilizou o vice-presidente da República, Michel Temer, pela divisão no partido. Temer, que também é presidente do PMDB, articulou com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma reunião da Executiva Nacional que aprovou, nesta quarta-feira (16), uma resolução estabelecendo que novas filiações de deputados federais e senadores sejam possíveis somente após o aval da Executiva do partido.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) teve requerimento pedindo sua admissão como “amicus curiae” nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) deferido pelo Supremo Tribunal Federal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (15) o trâmite do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, após ação movida pela PCdoB na Corte.
A palavra de ordem desta quarta-feira (16) é “Não vai ter golpe!”. É o que prometem as centenas de milhares de pessoas que tomam as ruas em manifestações em todo o país em defesa da democracia e contra o impeachment, pelo Fora Cunha e contra o ajuste fiscal.
A afirmação é de Walfrido Jorge Warde Junior, doutor em direito comercial pela Universidade de São Paulo e assessor de grandes empresas nas bolsas de valores. Segundo ele, “o povo vai perder os milhões que chegaram através das políticas sociais”. Ele afirmou que “o encolhimento da economia terá efeito imediato no emprego e na renda”.
O campo democrático sairá às ruas nesta quarta-feira (16) para denunciar o pedido de impeachment inconstitucional, o ajuste fiscal e pelo Fora Cunha. Convocada pela Frente Brasil Popular, a mobilização nacional tem como princípio reunir setores progressistas contra a persistência da direita em promover um golpe já em andamento, com intuito de derrubar a presidenta Dilma e ignorando o recado legítimo das urnas, o que provoca um cenário de caos e ingovernabilidade,
A presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, com prefeitos de capitais brasileiras que vieram a Brasília para entregar um manifesto de repúdio ao acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra a presidenta, acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O documento foi assinado por prefeitos de 14 capitais.
Para defender a democracia e uma nova política econômica e também para exigir punição ao presidente da Câmara dos Deputados, o corrupto Eduardo Cunha, movimentos sociais de Cuiabá promoverão o Ato do dia 16 de dezembro.