O presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), rebateu, na noite desta segunda-feira (9), as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse que não está "brincando de fazer democracia". Nesta segunda, ele decidiu anular a votação do impeachment na Câmara, apontando vícios na tramitação. Mas Calheiros resolveu ignorar a ação e anunciou que seguirá com o processo no Senado.
O aterrador 17 de abril deu a arrancada para um golpe de Estado em pleno século 21, na pátria amada Brasil. Não há mais como "diversionar". É já de conhecimento interno e externo que a justificativa invocada para o impeachment expõe espalhafatosamente uma pantomima de mau gosto.
Por Renato Rabelo*
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse nesta segunda-feira (9) que o país vive um momento de perplexidade diante do que chamou de mais um capítulo do conturbado processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Para o senador, o impeachment é um equívoco, levado adiante pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que rompeu com o governo.
A líder do PCdoB no Senado, Vanessa Grazziotin (AM), rebateu a decisão do presidente da Casa, Renan Calheiros que, ao abrir sessão na tarde desta segunda-feira (9) no plenário da Casa, decidiu ignorar uma decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão que solicitou a anulação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff por condutas ilegítimas no processo conduzido pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Para o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), a decisão do presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão em que foi votado o impeachment contra a presidenta Dilma, reforça a denúncia de que esse processo foi marcado por graves e claras ilegalidades desde o começo.
A entidade Advogados pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC) emitiu nota, nesta segunda (09), sobre a decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do impeachment na Casa. “Uma esperança de respeito à democracia, ao que parece, se avizinha, e a luta contra o golpe permanece, e ainda mais firme”, diz o texto.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), avalia como “corajosa” a decisão do presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA) de anular a votação do pedido de impeachment ocorrido na Câmara no ultimo dia 17 de abril. “Espero que essa decisão seja acatada, porque Maranhão está cumprindo suas prerrogativas de presidente da Casa”, avalia o deputado.
A bancada de deputados do PT avaliaram a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular nesta segunda-feira (9) a sessão de admissibilidade do processo de impeachment na Câmara. Para eles, a decsião é uma ação efetiva para barrar o golpe desenfreado perpetrado contra a democracia brasileira.
Na manhã desta segunda-feira (9), o presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou a decisão de anular o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O parlamentar marcou uma nova votação do pedido impeachment para daqui a cinco sessões do plenário da Casa. Veja, abaixo, a íntegra da nota divulgada por Maranhão sobre a decisão:
O deputado federal Rubens Jr (PCdoB-MA) avaliou como “correta” a decisão de seu conterrâneo, o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a tramitação do impeachment. Segundo ele, os argumentos da Advocacia Geral da União (AGU) que embasam a determinação são “fortes” e de fato houve “vícios” no processo. Para o parlamentar, a anulação, “em tese”, abre espaço para uma nova votação na Câmara, mas “há muita incerteza” sobre o que deve acontecer.
Logo que a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) recebeu a notícia da decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão, em anular o processo de impeachment contra a presidenta Dilma na Câmara, ela foi para as redes sociais comemorar. Para ela, o presidente não só anula o dia 17, mas todo o processo "desde que começou" e por isso, o processo que está no Senado deve voltar à Câmara, incluindo o vice-presidente Michel Temer. "Não vamos deixar que nenhum golpe avance em nosso país", ressaltou.
A Folha de S.Paulo divulgou nesta segunda-feira (9) que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment realizado pela Casa. Segundo o jornal, a decisão será publicada ainda hoje (9) no Diário Oficial da União.