Protagonista de momentos decisivos da história brasileira, a Universidade de Brasília (UnB) sempre esteve presente nas discussões políticas, econômicas e sociais do país. Neste atual cenário de debates acalorados sobre o destino da presidenta Dilma Rousseff, a instituição mais uma vez se mobilizou e promoveu, nesta quinta-feira (28), manifestações e plenárias para repudiar o possível afastamento da presidenta.
O vice-presidente brasileiro no Parlasul – o Parlamento do Mercosul, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), destacou nesta quarta-feira (27) a importância da ampla mobilização que tem ocorrido nos países latino-americanos contra o golpe institucional em curso no Brasil, para retirar do cargo a presidenta Dilma Rousseff sem que tenha cometido nenhum crime de responsabilidade.
A uma plateia formada por ativistas dos direitos humanos, a presidenta Dilma Rousseff disse, nesta quinta (27), que o processo de impeachment em curso no Senado coloca em xeque não só o seu mandato, mas a própria democracia e uma série de direitos. Ao reiterar que o pedido de impedimento tem problemas desde sua origem, ela disse que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o “pecado original” do impeachment.
Uma audiência pública reuniu, nesta quarta-feira (27), professores e advogados contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. A audiência, requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), faz parte de um ciclo de debates sobre democracia e direitos humanos.
Até o final do dia, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, deve entregar a carta de demissão para a presidenta Dilma Rousseff. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do ministério, antes da coletiva de lançamento da campanha de vacinação contra a gripe. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Alvares, assumirá a pasta.
O senador Jorge Viana (PT-AC), que participou do encontro no Senado com os representantes dos movimentos sociais, nesta terça-feira (26), lamentou que o vice-presidente da República, Michel Temer, já esteja trabalhando na montagem de seu governo, como tem noticiado a imprensa, mesmo sem decisão do Senado sobre o impeachment.
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, recebeu, na eleição de 2014, doações de empreiteiras e de um banco citados na Operação Lava Jato.
Na segunda reunião da Comissão Especial do Impeachment do Senado, realizada nesta quarta-feira (27), foram definidos os dias de apresentação da acusação e da defesa do pedido e apresentação de especialistas no assunto. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), membro da comissão, insistiu, durante todo o debate, de que não existe crime de responsabilidade fiscal nas acusações feitas contra a presidenta Dilma.
De acordo com o MPF, entre 2003 e 2012, o governo estadual de Minas Gerais descumpriu preceitos legais, e mais de R$ 9 bilhões deixaram de ser aplicados na saúde.
Deputados da base aliada, que lutam contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, agora, exigem que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instaure a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment contra o vice Michel Temer.
O jurista Fábio Konder Comparato aponta que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma tentativa de forjar "grosseiramente" a existência de um crime de responsabilidade.
Em encontro com movimentos sociais, nesta terça (26), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que trabalhará para evitar "equívocos" e garantir "o máximo de previsibilidade democrática" no decorrer do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. "O Senado já cometeu equívocos ao longo da história", disse, citando como exemplo o fato de a Casa ter declarado vaga, em 1964, a Presidência, apesar de o presidente João Goulart estar no País – o que culminou no golpe militar.