As precoces confabulações do vice-presidente Michel Temer para montar uma equipe e uma plataforma – para o caso de vir a substituir a presidenta Dilma Rousseff – não deixam dúvidas de para quem ele governaria. Até então, os afagos e acenos foram para o mercado financeiro e para os empresários da Fiesp. Aos trabalhadores e à classe média, as sinalizações apontam para o empobrecimento, o fim de proteções sociais e a redução de direitos.
Por Joana Rozowykwiat
As propostas do vice-presidente, Michel Temer, para tirar o país da crise econômica em seu eventual governo, caso a presidenta Dilma Rousseff tenha de enfrentar o processo de impeachment, foram duramente criticadas hoje (26) no seminário “Trabalhadores e Trabalhadoras em Tempos de Crise: Construindo Alternativas”, realizado em São Paulo pela UGT e pelo Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
As celebrações do primeiro de maio no Brasil se inserem no quadro geral de mobilizações do país em defesa da democracia e contra o novo tipo de golpe de Estado em curso no país. Na oportunidade, também se reafirmará as bandeiras históricas dos trabalhadores em prol de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho.
Por Nivaldo Santana*
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou na segunda (25) com recurso na Câmara dos deputados pedindo a anulação da votação do impeachment. O documento protocolado na mesa diretora da Casa aponta irregularidades durante a sessão que aprovou a admissibilidade do processo de afastamento.
No dia em que o Senado elegeu a comissão que decidirá sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu que nesta nova etapa o debate deverá ser mais qualificado que na Câmara. Segundo ela, os deputados analisaram o impedimento de forma “açodada” e sem se focar nas questões centrais do processo. “A luta contra o golpe no Senado está apenas começando, e estamos prontos para esta batalha”, disse, classificando o processo como “frágil”.
Falta ao relator a “isenção essencial ao processo”, afirmaram as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffman (PT-PR) para evitar a escolha do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator da comissão de impeachment da presidenta Dilma, instalada nesta terça-feira (26). A indicação sofreu forte resistência da bancada governista, que apontou interesse dos tucanos no impeachment.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse nesta segunda-feira (25) que acredita ser possível impedir a aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Silva participou de plenária organizada pela Frente Brasil Popular para defender a democracia e traçar estratégias para enfrentar o processo contra Dilma.
Em votação simbólica, o Senado Federal elegeu nesta segunda (25) os nomes dos indicados pelos partidos para compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff.
Representantes do Movimento Nacional Fé e Política aprovaram, neste fim de semana, um documento condenando energicamente o golpe de Estado em curso no Brasil. O movimento reuniu centenas de militantes de movimentos sociais, de pastorais, sociólogos, cientistas polítcos, sindicalistas e teólogos, em Campina Grande, entre 22 e 24 de abril.
Matéria publicada nesta segunda (25) pelo jornal Valor Econômico mostra que estados e o Distrito Federal praticaram uma espécie de “pedalada fiscal” para melhorar suas contas. As manobras promovidas pelos governadores permitiram aos estados sair de um deficit primário de R$ 13,2 bilhões em 2014 e, após um ajuste fiscal, alcançar um superavit primário de R$ 9,1 bilhões em 2015.
O que está na pauta, para além das questões da soberania, é o redesenho da proteção social conquistada a ferro e fogo neste país de mil e tantas misérias.
Por Magda Barros Biavaschi*
O impeachment, afastamento de presidente da República por crime de responsabilidade, é um instituto excepcional previsto em nossa Constituição. Assemelha-se ao Estado de Defesa e ao Estado de Sítio. Por isso exige maioria absoluta dos Congressistas para sua implementação e fatos específicos graves e concretos para seu início.
Por Gleisi Hoffmann*