A CTB-BA (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Estado da Bahia) realiza, na próxima quarta-feira (17/4), um ato em frente à sede regional do Banco Central (BC), na Avenida Anita Garibaldi, em Salvador, para protestar contra a inflação e a possível retomada da alta dos juros. O movimento, marcado para às 9h, é nacional e acontece também em várias cidades do país
A desavergonhada campanha da TV Globo pelo aumento da taxa de juros ganhou uma nova adesão. A apresentadora Ana Maria Braga, a mesma que protagonizou em 2007 o movimento direitista “Cansei” pelo impeachment de Lula, apareceu no seu programa matinal Mais você vestindo um colar de tomates.
Por Altamiro Borges
É ou não ou cúmulo da cara de pau? O economista Maílson da Nóbrega, que comandou o Ministério da Fazenda no fim do governo Sarney e entregou ao País uma hiperinflação, tem a pachorra de condenar a atual política monetária e criticar a meta de inflação brasileira de 4,5% ao ano; lobista do sistema financeiro, ele pede a combinação de recessão, desemprego e juros altos; o incrível é que este personagem tenha espaço para comentar a economia com ares de guru.
Em sua capa desta semana, a revista semanal da Globo diz que o governo Dilma faz tudo errado no combate à inflação e que a presidenta e o ministro Guido Mantega pisaram no tomate. Usa declaração da global Ana Maria Braga, que disse usar uma joia ao usar um colar de tomates, para afirmar que a inflação hoje assusta os brasileiros. Mas, nos dois governos FHC, a inflação foi maior do que a agora, sem disparar o mesmo alarme.
Em 1984, o jovem repórter Eurípedes Alcântara caiu numa pegadinha de 1º de abril e acreditou numa reportagem de uma revista científica sobre o cruzamento genético entre o boi e o tomate; o caso "boimate". Depois, ele se tornou diretor de redação da revista da Abril e, agora, apresenta seu Boimate 2.0 dizendo que Dilma "pisou no tomate". A tabelinha entre Abril e Globo é um momento baixo do jornalismo brasileiro, em sua campanha para disseminar terrorismo, pedir juros altos e combater o gpverno.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, superou o teto da meta de inflação de 6,5%, estabelecido pelo Banco Central. Em declaração a Rede Brasil Atual, Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),explicou o que está por trás da campanha da mídia e diz que alta dos juros será tido de canhão em passarinho.
Os principais jornais de circulação nacional demonstram um entusiasmo quase triunfal pelas notícias sobre aumentos pontuais dos preços de certos gêneros alimentícios. Os índices anunciados no último mês realmente mostram um descompasso nos valores de alguns produtos, com especial destaque para o tomate, que se tornou até mesmo tema de anedotas nas redes sociais.
Por Luciano Martins Costa*
De acordo com informações, divulgadas neste sábado (13), desde o fim do ano passado os índices de inflação sofrem forte pressão dos alimentos, uma das respostas a essa alta é a forte estiagem que assola o país desde 2012. A expectativa de analistas é que, a partir de maio, comece a haver redução do preço dos alimentos.
“Não haverá tolerância com a inflação”, assegurou nesta quinta-feira (12) o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, no Rio de Janeiro, onde participa da 25ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul.
Em coluna sobre economia, Luis Nassif explica porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic, defende o fim do sistema de metas de inflação – proposta mais avançada e original, e dá exemplos de que há formas muito mais eficientes e muito mais baratas para o Tesouro atuar sobre o crédito.
O professor de economia e consultor Luiz Gonzaga Belluzzo foi entrevistado por Luis Nassif pelo jornal Correio Braziliense desta quinta-feira (11). Intitulado Quatro perguntas para Luiz Gonzaga Belluzo, o economista fala sobre a inflação, a política de juros e sobre a carga negativa de analistas e da grande imprensa sobre o tema. Segue abaixo:
A primeira prévia de abril do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, aponta uma alta da inflação no mês. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a primeira prévia de abril registrou taxa de 0,42%, superior ao 0,15% observado na primeira apuração de março.