A ofensiva de Israel irá continuar na Faixa de Gaza e nem recuar até que o país se sinta seguro em relação ao Hamas, informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Durante este sábado (2), o exército israelense anunciou a retirada de soldados das cidades de Beit Lahiya, no norte da região. Com essa medida, veículos internacionais de comunicação chegaram a noticiar que a operação israelense estaria chegando ao fim.
Depois dos ataques da madrugada deste sábado (02), o número de mortos decorrentes da ofensiva israelense iniciada em 8 de julho superou os 1500, informaram fontes médicas do território palestino. Do lado de Israel, são 63 baixas.
Reunião no Egito discute uma solução para os conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Para o presidente egípcio, Abdel Fattah Sissi, a proposta egípcia representa uma "possibilidade real" para o fim ao conflito na Faixa de Gaza, devastada por 26 dias de conflitos.
Este depoimento do grande pensador de origem judaica Eric Hobsbawm foi publicado na altura da ofensiva sionista de 2009. Continuaria válido face à ofensiva de 2012. Permanece válido em 2014, perante a atual ação genocida desencadeada por Israel. É importante recordá-lo, além do mais para desmontar a histérica argumentação que pretende fazer crer que a condenação dos crimes de Israel significa antissemitismo. Muitos judeus são também vítimas do sionismo.
Israel defende-se com manipulações midiáticas, rechaça críticas ao massacre palestino, promove falsas elucubrações filosóficas e acadêmicas sobre a “guerra justa” e investe na distorção do direito internacional humanitário. Em 2009, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas confirmou os crimes de guerra perpetrados na ofensiva Chumbo Fundido, mas arriscamos ver o destino do seu relatório repetir-se na investigação do atual massacre: impunidade.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Diversas cidades da Cisjordânia relatam confrontos entre manifestantes e forças israelenses, na quinta e sexta-feira (1]/8), em meio aos protestos contra a ofensiva de Israel em Gaza, que já matou cerca de 1.440 pessoas desde que foi oficializada, sob o nome de “Margem Protetora”, em 8 de julho. Tamer Faraj Sammur, de 22 anos, foi morto com um disparo no peito. De acordo com o Clube dos Prisioneiros, contatado pelo Vermelho, mais de 1.500 pessoas foram detidas desde junho apenas na Cisjordânia.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou após reunião de gabinete realizada nesta quarta-feira (30), que decidiu revogar um acordo estabelecido com Israel em 1972, pelo qual os cidadãos israelenses podiam ingressar no país sul-americano sem necessidade de visto.
Uma proposta de cessar-fogo deveria ter entrado em vigor às 08h00 (02h00 em Brasília) desta sexta-feira (1º), para possibilitar negociações abrangentes, mas as forças israelenses mataram 16 palestinos durante a madrugada, quatro depois das 08h00 e 35 em confrontos subsequentes. O governo de Israel já anunciou o rompimento do acordo. Eis a breve história de outra “trégua” e a continuação do massacre que já vitimou 1.437 pessoas em menos de um mês.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Na madrugada dessa quarta-feira (30), Israel cometeu mais um crime: atacou uma escola da ONU, que abrigava 3.300 refugiados do recente massacre israelense. Mais de 15 palestinos foram mortos, a maioria crianças e mulheres. Há 100 feridos e muitos em estado grave.
Por Abdel Latiff*, para o Vermelho
Nour El Borno tem 21 anos e estuda Literatura Inglesa na Universidade Islâmica de Gaza. Como Youssef Aljamal, ela respondeu ao pedido por algumas palavras sobre a ofensiva de Israel e a repetição da experiência que relataram, junto com outros 15 autores, no livro “Gaza Escreve de Volta”. Seus contos abordaram a ocupação da Palestina, a sobrevivência e a morte, com foco para personagens da última grande ofensiva, em 2008-2009, que matou 1.400 pessoas.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Em 1993, Uri Avnery, ex-membro do Parlamento de Israel, lançou o Gush Shalom, “Bloco da Paz”, para “influenciar a opinião pública israelense e conduzi-la à paz e à reconciliação com os palestinos,” denunciando a ocupação e pressionando pelo reconhecimento do regime de segregação. Em conversa com o Vermelho, Avnery explica a atuação do bloco no momento em que manifestações contrárias e favoráveis à atual ofensiva contra Gaza disputam terreno em Israel.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Em linha com a decisão de apoiar Israel em mais uma ofensiva contra Gaza, os Estados Unidos enviaram equipamentos bélicos ao país para completar a assistência militar bilionária que prestam anualmente ao governo criminoso israelense. Nesta quinta-feira (31), porém, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Navi Pillay lembrou, em coletiva de imprensa, a responsabilidade dos EUA, enquanto aliado incondicional de Israel, para deter o massacre dos palestinos.