Hipótese de Governo liderado por Salvini, do partido de extrema-direita Liga, causa medo entre imigrantes. Os refugiados tem motivos de sobra para temer: um vendedor de rua senegalês foi morto à tiros em Florença nessa semana. Comunidades imigrantes acusam líder da Liga, que com sua coalizão de direita teve a maior porcentagem de votos e que pode vir a governar a Itália, de promover ódio contra as minorias
O Partido Democratico (PD) teve um resultado ruim nas eleições do último domingo (4) na Itália: obteve 18,7% dos votos, enquanto o populista Movimento 5 Estrelas obteve 32,7% e a Liga, de extrema-direita, 17,4 (mas conquistando maioria no Senado e na Câmara, graças a coalizão com o conservador Força Itália, de Berlusconi). Agora, Renzi anunciou a abdicação de seu cargo de lider do partido, mas disse que será senador por Firenze, para o qual foi eleito
Mesmo na véspera das eleições de domingo (4), o resultado ainda era nebuloso: as sondagens não conseguiram dizer ao certo quem sairia vencedor do conturbado panorama político italiano; contudo, uma coisa era certa, e se concretizou: ninguém obteve a maioria necessária para governar sozinho
Por Alessandra Monterastelli *
Os italianos vão às urnas neste domingo (4) para escolher deputados e senadores que irão compor o Parlamento em um cenário marcado pela ausência de favoritos, por eleitores indecisos e por um panorama político fragmentado.
A organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) calcula que atualmente sejam dez mil os refugiados e requerentes de asilo que sobrevivem na Itália, “totalmente excluídos dos dispositivos de direito comum”
As eleições italianas acontecerão nesse domingo, dia 4, após terem sido adiadas devido a ingovernabilidade e sinais de desgaste do governo. Mas o buraco é mais embaixo: uma Itália com jovens desiludidos devido ao desemprego deve, ainda, lutar para conter o avanço da extrema-direita, enquanto lida com o populismo e uma social-democracia abatida
Por Alessandra Monterastelli *
Pesquisas apontam que nenhum partido terá maioria; Em 2013, cenário semelhante já havia dificultado formação de um novo governo no país. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou na quinta-feira (22) que se prepara para um governo paralisado na Itália após as eleições legislativas de 4 de março
A lista foi chamada de "única novidade real na cena eleitoral italiana”. O Partido da Refundação Comunista – Esquerda Europeia, disputará as próximas eleições gerais na Itália, no dia 4 de março, integrando a lista de uma articulação da esquerda italiana chamada Poder ao Povo, que pretende se consolidar como um “sujeito unitário da esquerda anti-neoliberal”
As sondagens acabaram e dizem que será muito difícil formar governo. Mas os resultados também podem ficar bem longe dos inquéritos
Por Sofia Lorena
Polarização em torno da imigração vem favorecendo legendas de extrema-direita no país; coalizão liderada por Berlusconi lidera pesquisas
Na Europa, a perda de votos e relevância dos partidos social-democratas relaciona-se à guinada ao centro proposta pela chamada terceira via
O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi abriu uma polêmica dentro de seu Partido Democrático (PD, centro-esquerda) no último fim de semana, ao colocar nas listas eleitorais os seus aliados e fechando a porta aos dissidentes. Enquanto isso, o fundador do populista e possível favorito Movimento Cinco Estrelas (M5S), Beppe Grillo, pediu demissão