Filho do presidente abriu uma crise diplomática após acusar sem provas o país asiático de ser o culpado pela pandemia do novo coronavírus
No artigo, o colunista do UOL revela que o ato dos invasores não foi tratado dentro da diplomacia nacional como uma violação de uma embaixada estrangeira.
Bolsonaro sacrifica os objetivos permanentes do Brasil ao prestar à obra de demolição do governo Trump colaboração contrária ao interesse nacional
Perdidos na noite (Midnigth Cowboy, no título original) é um filme de 1969 do premiado diretor John Schlesinger. Joe Buck (Jon Voight) é um jovem texano bronco e inculto, que migra para Nova Iorque e sobrevive como garoto de programa associado a um fracassado e delinquente de nome Rizzo (Dustin Hoffmann) no submundo da noite da metrópole.
Em artigo para o jornal britânico The Guardian, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chanceler de seu governo (2003-2010), Celso Amorim, analisam a crise provocada pelos EUA no Irã e defendem que “diálogo é a única resposta”. Leia a íntegra do texto.
Brasil pode e deve antecipar os movimentos que o protejam da tensão permanente e incontornável entre EUA e China, para colher o melhor resultado possível para seu desenvolvimento
Em documentos enviados à ONU e a seus pares, diplomatas brasileiros colocam o país como um exemplo a ser seguido, e não como a de uma nação com desafios a serem superados.
Por Jamil Chade
A passagem de Eduardo Bolsonaro pelos Estados Unidos no fim da semana passada foi vista como “arrogante” por muitos senadores, aos quais cabe a análise da indicação do deputado federal para a embaixada do Brasil em Washington. Acompanhado pelo ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o filho do presidente Jair Bolsonaro se recusou a falar com a imprensa estrangeira, contradisse o chanceler e o tratou o como se fosse seu “secretário”.
A Consultoria Legislativa do Senado deu parecer enquadrando a indicação de deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada do Brasil em Washington como caso de nepotismo. Segundo o texto, o cargo de chefe de missão diplomática – ao qual Eduardo seria indicado – é um cargo comissionado comum. Nesse tipo de cargo, é vedado o nepotismo, conforme decreto de 2010 e decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2008. Os indicados às embaixadas brasileiras precisam ser aprovados pelos senadores.
Uma reportagem publicada pela Folha revela que o Itamaraty se recusou a publicar um livro do embaixador Synesio Sampaio Goes Filho por conta do prefácio da obra, escrito por Rubens Ricupero, ex-embaixador em Washington e também historiador da diplomacia –e visto como desafeto pelo atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Por Daniel Buarque
O embaixador aposentado Rubens Ricupero, crítico da política externa do governo Bolsonaro, considerou “infantilidade” o veto do chanceler Ernesto Araújo a um livro do Itamaraty por questões pessoais. Ricupero fez o prefácio da biografia de Alexandre de Gusmão, escrita pelo embaixador Synesio Sampaio Goes Filho, por encomenda da Fundação Alexandre de Gusmão, vinculada ao ministério. Em julho, ao entregar os originais, Goes Filho foi avisado de que o livro só seria publicado sem o prefácio.
O nepotismo exacerbado do Bolsonaro indicando seu filho Eduardo, o 03, para embaixador em Washington, é um problema grave, acentuado pelo enorme despreparo do 03 para o cargo. Mas a rumorosa indicação é um projeto da ultradireita americana para garantir a submissão da América do Sul aos desígnios do seu país, reduzindo esse subcontinente ao que foi em tempos passados, um quintal dos Estados Unidos.
Por Haroldo Lima*