O totalitarismo do terceiro milênio não usa câmaras de gás, mas a informação que não pensa a si mesma.
Por Luiz Gonzaga Beluzzo
No primeiro discurso após ser eleito presidente, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que o Brasil não poderia continuar flertando "com o socialismo, o comunismo, o populismo e o extremismo da esquerda". A fala foi transmitida pelo Facebook. Em seguida, ele juntou-se a familiares e apoiadores e leu pronunciamento oficial. Disse que defenderá a Constituição, a democracia e a liberdade. Não sem antes, num país laico, dar as mãos ao senador Magno Malta, que puxou uma oração.
Para o sociólogo Christian Laval, o mundo vive uma fase perigosa, 'de um novo neoliberalismo que explora ressentimentos, frustrações, ódio e o medo de diferentes frações da população, para direcioná-los contra bodes expiatórios'. Estes podem ser imigrantes, minorias sexuais ou étnicas e até partidos de esquerda.
O diretor-geral do Datafolha, Marcos Paulino, e o diretor de Pesquisas, Alessandro Janoni, comentam resultado do último levantamento do instuituto, que mostra redução de seis pontos percentuais entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Entre os motivos que teriam levado à queda de Bolsonaro, apontam as declarações que explicitam o caráter autoritário do militar da reserva. "A opinião pública o lembra agora que, na democracia, o representante deve prestar contas a seus representados".
Candidato do PSL, que conta com apoio de sete minsitros de Temer, manterá política para que Petrobras pratique os preços do mercado internacional.
A proposta de reforma tributária do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) pode provocar um rombo anual de R$ 27 bilhões segundo cálculos do economista Sergio Gobetti, a pedido do jornal Folha de S. Paulo. A proposta de reforma de Bolsonaro é, entre outras coisas, a adoção de uma alíquota única, de 20%, para faixas de renda acima de cinco salários mínimo.
Circula na internet a informação de que até a Globo se decepcionou e foi surpreendida com a decisão de Bolsonaro de fugir do último debate das eleições presidenciais 2018.
A democracia brasileira vive um momento "sombrio". A avaliação é do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, em entrevista à Folha de S. Paulo. Ele criticou as ameaças feitas contra o Judiciário por parte dos Bolsonaro e advertiu que "quem chega para exercer o cargo de presidente tem de baixar a crista antidemocrática".
O candidato a presidente da República pela Frente Democrática, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (25) em entrevista coletiva que "o Brasil nunca abraçou os valores que Bolsonaro representa".
Em artigo para a Folha de S.Paulo, onde foi editora-executiva de 2000 a 2010, a jornalista Eleonora de Lucena, do site Tutaméia, escreve sobre a ameaça representada por Bolsonaro. Sob o título de "Não adianta pedir desculpas daqui a 50 anos", numa referência ao pedido feito pela Globo e à própria Folha década depois de ter apoiado a ditadura militar de 196, ela afirma: "É tacape, é esgoto, é fuzil."
Apologia à tortura, perseguição aos seus adversários, autoritarismo, machismo, homofobia, discriminação racial, falta de competência, corrupção e sonegação de impostos poderiam já ser bons motivos para não depositar seu voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, há muito mais coisas embaixo do tapete.
Por Juliane Funro*
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o YouTube e o Facebook retirem de suas plataformas vídeo em que Jair Bolsonaro (PSL), fala de uma possibilidade “concreta” de perder a eleição para o adversário do PT, Fernando Haddad, por fraude nas urnas eletrônicas.