Seis pessoas foram detidas na capital paulista acusadas de pichação desde a última sexta-feira (10) até neste domingo (12). Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana já efetuaram neste ano, no total, 70 prisões de pessoas que escreviam ou pintavam sem autorização imóveis públicos ou privados.
Vaidoso e egocêntrico, a playboy João Doria – o Júnior – deve estar transbordando de alegria. A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (12) aponta que 44% dos paulistanos consideram a sua gestão na prefeitura boa ou ótima. Outros 33% acham o seu governo regular e apenas 13% avaliam que é ruim ou péssimo – 10% não opinaram.
Por Altamiro Borges*, em seu Blog
Para 250 famílias do Jardim Lucélia, no Extremo Sul da cidade de São Paulo, o ano começou com ordem de despejo. Está marcada para a próxima quinta-feira (9), às 6h da manhã, a reintegração de posse do terreno do antigo Clube Aristocrata, onde a Prefeitura de São Paulo, gerida por João Dória (PSDB-SP) pretende construir um parque linear.
Ao que tudo indica o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB-SP) segue sua saga para deixar a capital paulista menos alegre, criando dezenas de normas para os foliões que sairão às ruas da cidade para celebrar o carnaval de 2017. Numa onda crescente de ocupação dos espaços públicos, os bloquinhos de carnaval giram a economia e movimentam o turismo do município.
A marchinha é um dos gêneros musicais mais identificados com a crônica política e a sátira de figuras públicas no Brasil. Predominante no carnaval do Rio de Janeiro entre as décadas 1920 e 1960, quando perdeu espaço para o samba-enredo, o estilo jamais furtou-se de ironizar os presidentes e políticos nativos.
Após pintar diversos trechos da capital paulista, apagando grafites que coloriam os corredores da cidade, a gestão da capital paulista (PSDB-SP) não gostou do resultado e disse repensar a atitude. De acordo com o Estadão, o secretário municipal de Cultura, André Sturm, afirmou nesta segunda-feira (23) que a Avenida 23 de Maio “ficou muito cinza” e poderá receber novos graffitis ainda no primeiro semestre deste ano.
“Eu nunca vou pichar um muro branquinho. Pra um bom pichador, o maior prazer é chegar num muro todo pichado e procurar um espaço, nem que seja de um palmo, porque sabe que ali é tudo coisa antiga e que o picho vai ficar por muito tempo. O muro branco, no outro dia, a gente sabe que o dono vai ficar bravo e vai gastar dinheiro pra pintar e apagar”, explica Link Roots, grafiteiro e pichador há 16 anos.
Na penúltima edição da Bienal Internacional Grafitti Fine Art, realizada em São Paulo, em janeiro de 2013, um dos convidados para a série de debates promovidos pelo evento foi Paulo Mendes da Rocha, arquiteto e urbanista brasileiro de prestígio internacional. Questionado sobre o que pensava sobre o grafite, Mendes da Rocha, na época com 84 anos, afirmou: “Me parece a voz mais candente, hoje, das artes gráficas em geral”.
Pelo menos 200 manifestantes marcharam na tarde desta quinta-feira (19), sob chuva, da estação da Luz até a prefeitura de São Paulo, ambas na região central da cidade. O Movimento Passe Livre (MPL) exige que a Justiça mantenha a decisão de não aumentar a tarifa de integração dos ônibus com trens e Metrô, proposta pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito João Doria – e suspensa pela Justiça no último dia 10.
Nos últimos dias,a população paulistana vem acompanhando a remoção de grafites nas principais vias da cidade. O prefeito recém-eleito João Doria (PSDB) ordenou a ação e ainda pretende criar um Grafitódromo para concentrar a arte, inpirado no modelo “Wynwood Arts District” de Miami, local onde o tucano possui um imóvel avaliado em R$ 35,5 milhões. O grafiteiro Mundano postou um vídeo nas redes sociais questionando a remoção e devolvendo cor nas paredes pintadas de branco.
O secretário municipal de Cultura de São Paulo, André Sturm, informou que 52 bibliotecas públicas da rede e o Centro Cultural São Paulo passarão para a administração de organizações sociais. Os trabalhadores da área marcaram um ato contra medida e alertam para os riscos de precarização e interferência na independência cultural dos equipamentos públicos.
Para quem imaginava que fantasias do marketing político de João Doria estariam limitadas ao período de campanha eleitoral, o que seria compreensível pelo baixo padrão instituído no sistema eleitoral em vigor no Brasil e na maioria dos países, o primeiro dia do mandato do novo prefeito de São Paulo encarregou-se de mostrar o contrário.
Por Paulo Moreira Leite, no Brasil 247