Nas aberturas das Olimpíadas a última delegação era a mais aguardada por muita gente: a dos refugiados. Sob a bandeira olímpica e com uma delegação tímida, já fizeram história. Eles representam uma realidade que nos esquecemos quando estamos vendo os jogos olímpicos: a da guerra, da morte, da luta pela sobrevivência.
Por Guadalupe Carniel*
Biquíni, caipirinha, choques linguísticos, a cultura do abraço e, acima de tudo, simpatia: turistas contam suas experiências no Rio de Janeiro olímpico. E há quem não consiga entender a resistência do povo aos Jogos.
O jornalista José Luiz Teixeira faz um levantamento de doze momentos curiosos ou constrangedores, por assim dizer, do jornalismo que se pratica nos oligopólios de comunicação brasileiros durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A Justiça Federal negou nesta segunda-feira (15) recurso ao Comitê Rio 2016 e os protestos políticos seguem liberados nas arenas esportivas, conforme decisão do desembargador federal Marcelo Granado, presidente da 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF2).
A americana Ibtihaj Muhammad foi a primeira atleta do país em uma edição dos Jogos Olímpicos a ganhar uma medalha vestindo o hijab, vestimenta tradicional muçulmana. Ela vive na pele a xenofobia e aproveitou a conquista da medalha de bronze para criticar o candidato republicano Donald Trump, notório pela discriminação contra migrantes.
Militante do Partido Comunista da China (PCCh), a levantadora de peso Suping Meng conquistou nesta segunda-feira a medalha de ouro da sua categoria ao levantar 307 quilogramas. Ela competiu na categoria para atletas acima de 75 quilos e revelou, após receber a medalha, que estava bastante feliz pelo feito.
Aproveitando a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Televisão Nacional Romena (TVR) divulgou um documentário tendencioso sobre a ginasta Nadia Comaneci, que em 1976, nos Jogos de Montreal, conseguiu o primeiro 10 da história na prova de barras assimétricas – e o fez em sete ocasiões durante aqueles jogos –, obtendo deste modo o ouro olímpico em três modalidades (individual geral, barras assimétricas e solo).
“O espírito do Olimpismo toma conta do Rio”. Na realidade, não muito. Na última segunda-feira, 8 de agosto, durante a partida de tênis entre o argentino Juan Martín Del Potro e o português João Sousa não foi bem o que aconteceu. A partida rolava, mas dois torcedores foram expulsos após brigarem.
Por Guadalupe Carniel*
Ouvi algumas dezenas de vezes durante minha viagem as pessoas me perguntando o que estou fazendo aqui e não aproveitando a Olimpíada no Rio. Dizem mais, com um país tão lindo, o que você vem fazer “nesse fim de mundo frio e feio”.
Simone Biles é a grande sensação da ginástica no Rio 2016. A nadadora Katinka Hosszu bateu o recorde mundial dos 400 metros e a norte-americana Katie Ledecky arrasou na piscina, conseguindo o primeiro lugar — e fazendo história — nos 400m livres. Apesar de nos Jogos Olímpicos 45% dos esportistas serem mulheres e dos impressionantes feitos que estão conseguindo, muitos meios de comunicação se negam a reconhecê-las como algo mais que um pedaço de carne.
Por Clara Ferrero, no El País
O Comitê Paralímpico Internacional, em virtude do relatório da comissão WADA, chefiado por Richard McLaren, afastou dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 toda a equipe russa.
Após a conquista do ouro do Brasil nesta segunda-feira (8), da judoca Rafaela Silva, a presidenta Dilma Rousseff, postou em sua página oficial no Facebook uma mensagem parabenizando a medalhista. Dilma escreveu que "é uma grande alegria" ver que o primeiro ouro brasileiro conquistado nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi obtido por uma mulher negra, beneficiária do programa de incentivo ao atleta. "O Brasil está orgulhoso e emocionado com a sua conquista, Rafaela. Você é o máximo! Parabéns!"