Ao longo dos dias 19 e 20 de junho, o Conselho de Política Monetária (COPOM) estará realizando sua 215ª reunião ordinária. Da mesma forma como acontece a cada 45 dias, todos os integrantes da diretoria do Banco Central (BC) mudam seus respectivos uniformes e convertem-se em conselheiros do colegiado que define os patamares da taxa oficial de juros do País, a SELIC.
Por Paulo Kliass*
O analista Deniz Panza, 24, ganhou seu primeiro cartão de crédito do Itaú em 2011, e pouco tempo depois deu início a uma jornada de endividamento que durou cinco anos. 01:30 "Em determinado momento eu estourei o limite dele, não consegui pagar. A questão do pagamento mínimo do cartão é ilusória, porque os juros que vem no mês seguinte é a peça que o banco prega em você, eles estragaram minha vida. Minha dívida original era de mais ou menos R$800, e com os juros ficou R$3.800", contou.
A crise de abastecimento acentuada pelo movimento dos caminhoneiros, a tentativa de paralisação dos petroleiros abortada pela arbitrariedade da Justiça do Trabalho e a comemorada renúncia de Pedro Parente do comando da Petrobrás terminaram por ofuscar a divulgação das tenebrosas informações oficiais a respeito dos efeitos provocados pela política fiscal do governo Temer.
Por Paulo Kliass*
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, defendeu juros baixos para estimular o consumo e os investimentos e consolidar a recuperação da economia, em vídeo publicado nas suas redes sociais.
O spread bancário brasileiro – diferença entre o que os bancos pagam pelo dinheiro captado em depósitos e aplicações e o quanto cobram de juros nos empréstimos – está entre os maiores do mundo, diz a Fiesp. Uma pesquisa feita pela entidade comparou os dados de países que empregam metodologia semelhante à brasileira para o cálculo do spread. Na média, os países analisados têm spread de 1,5 ponto percentual, contra 21,5 pontos percentuais da média brasileira.
O governo federal deverá pagar em juros da dívida, este ano, 20 vezes mais que aquilo que gastará com investimentos. Quem faz a comparação é o professor de economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda. Em entrevista ao Record News, ele ressaltou que, apesar de a Selic estar na sua mínima histórica, a taxa de juros real (descontada a inflação), ainda é uma das mais altas do mundo.
Por Joana Rozowykwiat
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta (21) uma redução da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic passa a ser de 6,5%, nova mínima histórica. Mesmo assim, o país continua a ter uma das taxas de juros reais (descontada a inflação) mais altas do mundo. Com o spread bancário nas alturas e sem o fomento a investimentos públicos e privados, o corte da Selic tem se mostrado insuficiente para impulsionar a combalida economia brasileira.
A elite do empresariado paulistano tem um novo mascote. A Fiesp aposentou o pato amarelo da campanha contra a carga tributária e pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em seu lugar, adotou um sapo verde, símbolo de uma ofensiva contra os juros altos, que parece poupar a gestão Michel Temer. Em ano eleitoral e tendo o seu presidente Paulo Skaff como pré-candidato ao governo do Estado, a entidade elegeu o sistema financeiro como alvo das críticas.
Hoje quero falar sobre juros, os mais altos do mundo no Brasil. O Itaú anunciou um lucro de R$ 25 bilhões, o Bradesco R$ 15 bilhões, o Santander quase R$ 8 bilhões.
Por José Dirceu*, no Nocaute
O ano começou com algumas notícias de que os responsáveis pela área de economia dos grandes meios de comunicação aguardavam com bastante ansiedade. Afinal de contas, apresenta-se como árdua e inglória a tarefa de defender e elogiar um governo cuja popularidade anda tão baixa, que chega até mesmo a se confundir com a margem de erro das pesquisas de opinião.
Por Paulo Kliass*
Enquanto Michel Temer e parte da grande mídia diz que a economia está se recuperando, os dados do próprio governo vão desmontado a retórica. O setor público consolidado, formado pela União, os estados e municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em novembro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira (28).
As páginas de economia e os comentaristas especializados dos grandes jornalões só fazem comemorar a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Afinal, não é pra menos. Há meses que o governo de Temer e Meirelles vem garimpando arduamente, a cada dia que passa, alguma notícia alentadora para oferecer aos tomadores de decisão do PIB das finanças.
Por Paulo Kliass