Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela décima semana consecutiva a estimativa para a inflação oficial neste ano. Segundo pesquisa semanal divulgada pelo BC, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,66% para 5,75%. Há quatro semanas, essa estimativa estava em 5,42%.
Na abertura do Curso de Nível 3 da Escola Nacional do PCdoB nesta sexta-feira (4), Renato Rabelo, presidente do partido, colocou em pauta a principal equação que precisa ser solucionada no governo Dilma Rousseff: garantir um desenvolvimento forte e contínuo com distribuição de renda de maneira a avançar no projeto implantado por Lula ao longo dos últimos oito anos. O cerne da questão, no entanto, é como atingir tal resultado com a atual política de juros altos e câmbio sobrevalorizado.
Seja qual for a decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o Brasil continuará a ser um dos campeões mundiais do juro alto.
Obter empréstimos e financiamentos ficou mais caro em dezembro, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (28) que o aumento dos juros chineses deve resultar em uma desaceleração da economia mundial em 2011, devido ao peso da China na recuperação do mercado global. Segundo o ministro, no entanto, essa desaceleração já era esperada devido "ao refluxo das medidas de estímulo tomadas durante a crise e que agora estão sendo retiradas".
O governo de Dilma Rousseff tem à disposição, dentre as informações subsidiárias para nortear suas políticas públicas, um novíssimo e consistente relatório do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão. Trata-se do Monitoramento das Metas dos “Enunciados Estratégicos para o Desenvolvimento (EED)”. O estudo, elaborado em 2004 e 2005, contém diretrizes estratégicas e quantitativas para o desenvolvimento sustentável do Brasil até 2022.
Por Antoninho Marmo Trevisan*
Relatórios de bancos sobre a conjuntura macroeconômica do país soam como "coro ensaiado" para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro. Em artigo publicado na página da entidade na internet, o sindicalista apresenta dados para sustentar que não há ameaça de volta da inflação, mas acredita que as instituições financeiras tenham interesse na elevação da taxa básica de juros da economia (Selic).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, visitou hoje o vice-presidente da República, José Alencar, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Alencar está internado desde a última quarta-feira. Segundo Mantega, durante a meia hora da visita, os dois conversaram sobre economia e o vice-presidente voltou a reclamar da alta taxa de juros do País, queixa que se tornou uma marca pessoal dele ao longo dos oito anos do governo Lula.
As taxas de juros caíram em novembro, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta-feira (23). A maior queda foi para as famílias (pessoas físicas), que pagaram juros de 39,1% ao ano, uma redução de 1,3 ponto percentual (pp) em relação a outubro. Esse é o menor patamar da série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa de juros básica Selic em 10,75% ao ano, sem viés. A decisão foi unânime. No comunicado que acompanhou a decisão, o grupo admite que o cenário para a inflação teve piora desde a reunião anterior, mas diz que vai esperar para ver o resultado das recentes medidas que devem encarecer o crédito – como o aumento dos depósitos compulsórios – antes de alterar a política de juros.
As medidas de restrição ao crédito adotadas pelo Banco Central provocarão um arrefecimento maior da atividade industrial no início de 2011, superior ao inicialmente previsto pelo setor.
Neste artigo, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, escreve: "não que esperássemos algo diferente. Mas a conjuntura internacional, sim, demandava o diferente. Mas não, o Banco Central contraria a tendência internacional mantendo a Taxa Selic na casa dos 10,75%. As maiores taxas de juros do mundo".